Construção requer investimento desonerado
Setor precisa investir em novas tecnologias e processos construtivos, segundo presidente do Sinduscon
24 de fevereiro de 2011 - A construção civil está vivendo praticamente uma situação de pleno emprego pois quase não há mais mão de obra nova disponível no mercado. O alerta é do presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe.
Segundo o presidente do SindusCon-SP, para dar conta da crescente demanda por obras, o setor não tem alternativa senão investir em novas tecnologias e processos construtivos. "Ou seja, é necessário desonerar os investimentos produtivos", diz ele.
Watanabe argumenta com base nos dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). "Enquanto a taxa de desocupação média nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil estava em 5,3% em dezembro, na construção ela já se situava em apenas 2,3%. Praticamente, a construção já vive uma situação de pleno emprego."
Segundo o IBGE, a taxa de desemprego na construção em dezembro apresentava-se da seguinte forma nas regiões metropolitanas:
• Salvador: 4,1%
• Belo Horizonte: 2,9%
• Rio de Janeiro: 2,2%
• São Paulo: 1,9%
• Recife: 1,8%
• Porto Alegre: 1,3%
"Isto impõe a superação inadiável de um desafio. Com a possibilidade de novas contratações de pessoal se esgotando, e diante da premência de atender à forte demanda, a construção necessita agir urgentemente para aumentar sua produtividade, ou seja, investir em tecnologia e em novos processos produtivos.
É por esse motivo que se faz tão necessária a desoneração do investimento não só para a construção, como para toda a cadeia produtiva do setor", reforça o presidente do SindusCon-SP.
Fonte: Sinduscon - SP