Construtoras ainda têm dúvidas sobre programa
Representantes das construtoras querem ter uma idéia de qual é a expectativa do banco em relação à oferta de imóveis e à procura
12 de maio de 2009 - O programa Minha Casa, Minha Vida, lançado pelo governo federal no fim de março, ainda provoca dúvidas entre as construtoras que esperam encontrar na baixa renda uma oportunidade de aumentar suas receitas.
Ontem, ocorreu em São Paulo um encontro entre o vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, o superintendente do banco em São Paulo, Válter Nunes, e representantes de empresas de construção civil e entidades de classe.
A reunião foi organizada pela Votorantim Cimentos em um hotel na zona sul de São Paulo. Mais de 30 construtoras participaram da apresentação. Entre elas, Gafisa, Afinco, Norcon, Tecnum e BKO.
Não foi o primeiro encontro desse tipo. A direção da Caixa participou de outras reuniões organizadas pelas associações do setor. Todas as superintendências da Caixa têm feito o mesmo tipo de rodada de discussão com as empresas.
A instituição financeira deverá, segundo a medida provisória 459/2009, que criou o "Minha Casa", concentrar os recursos para o programa.
Segundo Válter Nunes, os representantes das construtoras querem, principalmente, ter uma idéia de qual é a expectativa do banco em relação à oferta de imóveis e à procura. O programa já anima o setor.
Um dos construtores que participou do encontro contou que no plantão de vendas do fim de semana do Dia das Mães, que costuma ser o mais fraco do ano, houve 800 visitas e 255 contratos fechados em um de seus empreendimentos", conta o superintendente.
Nunes está animado com o programa federal e aposta que a Caixa vai bater o recorde de orçamento para habitação em 2009. No primeiro quadrimestre, a instituição já destinou R$ 10 bilhões para moradia em todo o País, e a dotação para este ano é de R$ 27 bilhões.
Para se ter uma ideia da ordem de grandeza, lembra o superintendente paulista, em 2003 a dotação foi de R$ 5 bilhões, metade do que foi desembolsado nos primeiros quatro meses deste ano.
Se a demanda for maior que a oferta, a direção da Caixa tem a opção de recorrer ao Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ou fazer captações de poupança pela própria tesouraria.
Apesar de alguns empresários da construção reclamarem do alto preço dos terrenos nas capitais, o superintendente da Caixa acredita que não haverá falta de áreas para a execução dos projetos do programa. "O programa vai deslanchar. As construtoras estão preparando e adequando seus projetos para apresentar à Caixa", garante.
Até agora, segundo Nunes, foram apresentadas à Caixa 50 mil unidades habitacionais que se enquadram no Minha Casa. São 12 mil para a faixa de renda de até três salários mínimos, 21 mil para a faixa de 3 a 6 salários e 18 mil para a faixa até 10 salários.
Os contratos ainda não foram assinados com o banco e estão sob avaliação dos executivos da instituição. Nunes acredita que um dos apelos do programa é o baixo valor das prestações, por causa dos subsídios do governo.
Fonte: Jornal do Commercio - PE
12 de maio de 2009 - O programa Minha Casa, Minha Vida, lançado pelo governo federal no fim de março, ainda provoca dúvidas entre as construtoras que esperam encontrar na baixa renda uma oportunidade de aumentar suas receitas.
Ontem, ocorreu em São Paulo um encontro entre o vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, o superintendente do banco em São Paulo, Válter Nunes, e representantes de empresas de construção civil e entidades de classe.
A reunião foi organizada pela Votorantim Cimentos em um hotel na zona sul de São Paulo. Mais de 30 construtoras participaram da apresentação. Entre elas, Gafisa, Afinco, Norcon, Tecnum e BKO.
Não foi o primeiro encontro desse tipo. A direção da Caixa participou de outras reuniões organizadas pelas associações do setor. Todas as superintendências da Caixa têm feito o mesmo tipo de rodada de discussão com as empresas.
A instituição financeira deverá, segundo a medida provisória 459/2009, que criou o "Minha Casa", concentrar os recursos para o programa.
Segundo Válter Nunes, os representantes das construtoras querem, principalmente, ter uma idéia de qual é a expectativa do banco em relação à oferta de imóveis e à procura. O programa já anima o setor.
Um dos construtores que participou do encontro contou que no plantão de vendas do fim de semana do Dia das Mães, que costuma ser o mais fraco do ano, houve 800 visitas e 255 contratos fechados em um de seus empreendimentos", conta o superintendente.
Nunes está animado com o programa federal e aposta que a Caixa vai bater o recorde de orçamento para habitação em 2009. No primeiro quadrimestre, a instituição já destinou R$ 10 bilhões para moradia em todo o País, e a dotação para este ano é de R$ 27 bilhões.
Para se ter uma ideia da ordem de grandeza, lembra o superintendente paulista, em 2003 a dotação foi de R$ 5 bilhões, metade do que foi desembolsado nos primeiros quatro meses deste ano.
Se a demanda for maior que a oferta, a direção da Caixa tem a opção de recorrer ao Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ou fazer captações de poupança pela própria tesouraria.
Apesar de alguns empresários da construção reclamarem do alto preço dos terrenos nas capitais, o superintendente da Caixa acredita que não haverá falta de áreas para a execução dos projetos do programa. "O programa vai deslanchar. As construtoras estão preparando e adequando seus projetos para apresentar à Caixa", garante.
Até agora, segundo Nunes, foram apresentadas à Caixa 50 mil unidades habitacionais que se enquadram no Minha Casa. São 12 mil para a faixa de renda de até três salários mínimos, 21 mil para a faixa de 3 a 6 salários e 18 mil para a faixa até 10 salários.
Os contratos ainda não foram assinados com o banco e estão sob avaliação dos executivos da instituição. Nunes acredita que um dos apelos do programa é o baixo valor das prestações, por causa dos subsídios do governo.
Fonte: Jornal do Commercio - PE