Construtoras de São José dos Campos reclamam da demora para liberação de obras
Todos os projetos precisam da liberação da Aeronáutica
08 de outubro de 2009 - No município, 19 obras aguardam aprovação da prefeitura e da Aeronáutica Dois prédios em construção em São José dos Campos podem ficar sem cobertura. A cidade tem restrições na altura de obras em algumas áreas por causa do aeroporto.
Os operários não podem trabalhar nos dois últimos andares, onde ficam as coberturas. As duas torres de 26 andares, no Jardim Esplanada, estão com as obras parcialmente embargadas. O 4° Comando Aéreo Regional (COMAR), ligado à Aeronáutica, não aprovou a altura do prédio, que ultrapassa em 4,23 metros o limite permitido na área especial.
A aeronáutica limita a altura dos prédios por questões de segurança e dá o parecer para obras nos chamados cones de aproximação, que ficam nos extremos da pista do aeroporto de São José dos Campos.
Estão dentro desse do cone bairros como Jardim Esplanada, Vila Adyanna e o centro da cidade. Nessas áreas, o limite para construção é 709 metros de altitude, em relação ao nível do mar.
Antes do problema com esses prédios, a prefeitura tinha autonomia para aprovar a construção de edifícios. Agora, todos os projetos precisam da liberação da Aeronáutica. Por causa disso, 19 empreendimentos estão parados na cidade.
"Por motivo de cautela, o 4º Comando Aéreo pediu que passássemos a aprovar todos os empreendimentos lá", explica a secretária de Planejamento, Cynthia Gonçalo.
O presidente da aconvap diz que o prazo para liberação de obras pulou de seis meses para um ano. "Nós ficamos preocupados com os funcionários, pode gerar desemprego. Enfim, acarretar uma série de dissabores por conta dessa paralisação que está sendo feita hoje em São José dos Campos", diz Cléber Córdoba, presidente da Associação das Construtoras do Vale do Paraíba (Aconvap).
O Comando da Aeronáutica informou que não apresenta restrições para as áreas além daquelas dos cones de aproximação.
A construtora da obra embargada, que está na área de restrição, informou que o empreendimento não oferece risco para os aviões e ainda que os prédios são mais baixos que edifícios vizinhos.
Mas a tentativa de recurso junto à Aeronáutica já foi negada. Se não houver um acordo, os andares de cima terão de ser demolidos.
Fonte: VNews – SP