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Construtoras fazem ofensiva na Bolsa para aproveitar euforia

Texto: Redação AECweb

“Mercado imobiliário residencial está muito forte e carrega junto a necessidade por estrutura comercial”, diz presidente do Secovi-SP

05 de março de 2010 - A perspectiva de um ano favorável para a economia brasileira, combinada às obras do programa "Minha Casa, Minha Vida" e à realização futura da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos no Brasil, serviu de gatilho para uma nova safra de ofertas de ações de construtoras no Brasil.

O elevado número de empresas ligadas ao ramo imobiliário com capital aberto - mais de duas dúzias na Bovespa - não deve inibir um movimento superior ao registrado em 2009 em termos de ofertas iniciais (IPO, na sigla em inglês), retomada de processos de abertura de capital interrompidos pela crise e venda de ações por empresas que já estão na bolsa (follow-on).

"O principal fator multipilicador dessas ofertas é que o mercado imobiliário residencial está muito forte e carrega junto a necessidade por estrutura comercial", disse o presidente do Secovi-SP, sindicato que representa o setor imobiliário na capital paulista, João Crestana.

Segundo ele, é esse movimento que está impulsionando a ida de empresas de shopping centers e infraestrutura à Bolsa. "Não vejo qualquer indício de bolha. Pelo contrário, as empresas estão se estruturando, fortalecendo e atendendo a demanda, que hoje está tremendamente maior que a oferta".

Na quarta-feira, a Sonae Sierra Brasil, empresa de shopping centers, pediu registro à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para seu IPO, em uma oferta primária. Os principais sócios da companhia são a norte-americana Developers Diversified Realty e a portuguesa Sonae Sierra.

Dias antes, a WTorre Empreendimentos Imobiliários informou que apresentou à CVM o pedido de registro de oferta pública inicial primária e secundária de ações da companhia.

Para Crestana, a possibilidade de novas fusões e aquisições no setor este ano também não significa uma contramão para novas ofertas. "Há espaço para ambas estratégias e não me surpreenderia se mais 10 empresas do setor lançarem ações este ano."

O analista Eduardo Silveira, da Fator Corretora, acredita que a primeira onda de consolidaçao do setor já aconteceu em 2009, referindo-se à incorporação da Tenda pela Gafisa e à criação da Agre, resultado da união entre Abyara, Agra e Klabin Segall. "As empresas estão aproveitando o bom momento do mercado", observou Silveira.

Fonte: DCI-SP

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