Construtoras ganham aumento de prazo para programa federal
Empresas têm até o fim de julho para construírem unidades habitacionais em ruas sem pavimentação
05 de julho de 2011 - Os construtores de imóveis financiados pelo programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal, ganharam, pelo menos, mais 30 dias, para a edificação de unidades habitacionais em ruas sem pavimentação e resolução de pendências. O prazo concedido anteriormente pelo Ministério das Cidades e pela Caixa Econômica Federal (CEF) terminou no último dia 30, mas foi prorrogado para o fim deste mês. A medida deu mais um fôlego para as empresas de construção e construtores individuais, que atendem quase toda a demanda no interior do Ceará.
De acordo com números divulgados pela agência regional da CEF, o Programa Minha Casa Minha Vida financiou, em 2010, em Iguatu, 160 imóveis. Neste ano, até junho passado, foram contratadas 119 unidades habitacionais. Os números mostram o crescimento da demanda para aquisição de imóveis residenciais financiadas pelo programa. O gerente geral da CEF, nesta cidade, Gleidson Clemente Custódio, avalia que a exigência de infraestrutura básica, como pavimentação, para o financiamento da casa, deve reduzir de imediato em 70% o número de contratações.
O prazo inicial foi de quatro meses, considerado insuficiente para que as Prefeituras realizassem a construção de calçamento. Na última quinta-feira, dia 30, foi intensa a movimentação de clientes e de construtores na agência local da Caixa. O presidente da Associação dos Construtores Civis de Iguatu (ACCI), Elenilton Lopes, disse que, na prática, a prorrogação do prazo vai beneficiar apenas os processos em andamento que apresentam erros ou documentação incompleta. "A nossa expectativa é que saia uma decisão definitiva, com critérios que beneficiem o setor", disse. "Do jeito que está não podemos trabalhar, estamos de mãos e pés atados", complementou Elenilton Lopes.
O Ministério das Cidades ainda vai divulgar a regulamentação que trata da infraestrutura mínima a ser exigida nos casos de financiamento de aquisição de imóveis prontos, cuja produção do empreendimento não tenha sido financiada pela CEF. Na maioria das cidades, os bairros e loteamentos em expansão não dispõem de calçamento e carecem de outros serviços.
Fonte: Diário do Nordeste - CE