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Construtoras terão que reduzir nível de ruídos dentro de imóveis

Texto: Redação AECweb

Nova norma de engenharia começou a valer a partir de 12 de maio. No entanto, empresas ainda poderão pedir mais 6 meses para se adaptar.

As construtoras terão que seguir uma nova norma de engenharia a partir desta quarta-feira (12) que deve diminuir pelo menos um motivo de brigas entre vizinhos. A partir de agora, as empresas serão obrigadas a reduzir o nível de ruídos dentro dos imóveis.

Teoriacamente, a norma vale para os empreendimentos registrados a partir desta quarta-feira, mas as construtoras ainda poderão pedir mais seis meses para se adaptar.

Em alguns apartamentos, a parede é tão fina que uma batidinha faz um barulhão. Quando a fisioterapeuta Eliane Bastos comprou o imóvel não imaginou tanto incômodo. O prédio fica numa rua sem trânsito, num bairro tranquilo, em Magé, na Baixada Fluminense, mas bem em frente há um clube. E quando o pessoal resolve fazer uma festinha, por mais comportada que seja, não tem jeito.

"Todos os tipos de sons: salto, preparando almoço, socando um alho, batendo um bife...", contou a moradora.

Não adianta fechar a porta da varanda e as janelas do apartamento. O problema continua, não há isolamento. Cansada de não dormir, Eliane teve uma ideia simples e barata: passou a usar protetor auricular, o conhecido tapa-ouvidos. E ela tem uma coleção deles.

LIMITES

A nova regra estabelece limites: do corredor para o interior do imóvel ou de um apartamento para o outro, o limite aceitável de ruído é de 45 decibéis. "A pessoa vai poder ficar no quarto e pode falar, e do outro lado as pessoas não vão escutar o que está sendo falado", explicou Júlio Slama, professor do laboratório de acústica da Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ).

Para evitar a barulheira, as paredes poderão ter materiais como placas de gesso e uma espécie de lã para impedir a passagem do som. Mas as novas normas não invalidam duas regras antigas: "Bom senso e educação", completou a fisioterapeuta Eliane Bastos.

Fonte: G1 - RJ

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