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Creci-SP: venda de imóveis usados e locação residencial começam ano em baixa

Texto: Redação AECweb

Pesquisa mostrou queda de 28,56% nas vendas

14 de março de 2011 - A venda de imóveis usados residenciais e a locação de casas e apartamentos começaram o ano em baixa na cidade de São Paulo. Pesquisa feita pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP) com 501 imobiliárias da Capital mostrou queda de 28,56% nas vendas e de 5,77% no total de imóveis alugados em janeiro na comparação com dezembro de 2010.É o refluxo da bonança de Natal, quando as vendas cresceram 29,26% e a locação aumentou 10,66%”, justifica José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP. Ele explica que as férias escolares também contribuem para reduzir o volume de negócios no início do ano, "situação que costuma se reverter a partir de fevereiro e mais efetivamente depois do Carnaval".

As imobiliárias consultadas venderam 180 imóveis em janeiro, o que fez o índice de vendas baixar 28,56%, de 0,5029 em dezembro para 0,3593 em janeiro. Apartamentos foram mais vendidos (67,78%) do que casas (32,22%) e a média geral dos preços dos imóveis negociados em janeiro caiu 1,4% em relação a dezembro.

Os imóveis mais vendidos em janeiro na capital foram os de valor superior a R$ 200 mil, que representaram 67,61% do total de contratos formalizados nas 501 imobiliárias pesquisadas. A maioria das vendas foi feita por meio de financiamento (50% dos contratos), seguindo-se as feitas à vista (48,89%), as financiadas pelos proprietários (0,56%) e pelos consórcios imobiliários (0,56%).

Em 23 tipos de imóveis dos quais se apuraram os preços médios efetivos de vendas em janeiro, 12 ficaram abaixo dos de dezembro e 11, acima. O preço que mais subiu foi o de apartamentos de padrão médio com tempo de construção entre 8 e 15 anos e situados em bairros da Zona A, como Campo Belo, Cidade Jardim, Higienópolis e Itaim Bibi. O aumento foi de 38,42%, com o preço médio do metro quadrado passando de R$ 3.303,25 em dezembro para R$ 4.572,24 em janeiro.

O preço de imóvel usado que mais caiu em janeiro foi o de casas de padrão médio com até 7 anos de construção e situadas na Zona D, que agrupa bairros como Cidade Ademar, Cupecê, Freguesia do Ó, Glicério e Imirim, entre outros. A pesquisa Creci-SP mostra que o preço médio do metro quadrado em janeiro foi de R$ 1.650,57, ou 31,63% menos que os R$ 2.414,29 de dezembro.

Os imóveis usados vendidos em janeiro na Capital distribuíram-se da seguinte forma entre as cinco zonas de valor que compõem a pesquisa Creci-SP: Zona C (25,56%), Zona A (24,44%), Zona B (17,22%), Zona D (17,22%) e Zona E (15,56%).

Apartamentos lideram locações em janeiro e aluguel médio cai 2,94%

Foram alugados em janeiro 870 imóveis nas 501 imobiliárias pesquisadas pelo Creci-SP, 5,77% a menos que em dezembro. O índice de locação baixou de 1,8428 em dezembro para 1,7365 em janeiro. Os apartamentos foram os preferidos dos novos inquilinos, com 54,25% do total de contratos formalizados, ficando as casas com os restantes 45,75%. A maioria dos imóveis alugados em janeiro na capital - 58,25% dos novos contratos - situou-se na faixa de até R$ 1.000.

A média geral dos aluguéis em janeiro caiu 2,94% em relação a dezembro. Em 32 tipos de casas e apartamentos com valores médios de locação apurados pela pesquisa Creci-SP, 17 tiveram aluguel médio em janeiro inferior ao dezembro, e 15 outros, valores maiores.

O aluguel que mais subiu e o que mais baixou em janeiro foi o de casas localizadas em bairros da Zona A, como Jardim Paulista, Ibirapuera, Moema, Morro dos Ingleses e Perdizes, entre outros. As casas de um dormitório apenas eram alugadas em média por R$ 715,38 em dezembro, valor que passou a R$ 1.114,29 em janeiro, uma alta de 55,76%. Já as casas de três tiveram o aluguel médio reduzido em 42,03%, de R$ 3.450 em dezembro para R$ 2.000 em janeiro.

As novas locações de janeiro se distribuíram da seguinte forma entre as cinco zonas de valor da pesquisa Creci-SP: Zona D (28,99%), Zona C (22,93%), Zona B (19,44%), Zona E (15,6%) e Zona A (13,04%).

O fiador foi a forma de garantia da locação adotada em 46,55% dos novos contratos, seguida pelo seguro de fiança (23,1%), depósito de valor equivalente a três meses de aluguel (29,66%), as locações sem garantias (0,57%) e o cartão de locação da Caixa Econômica Federal (0,11%).

As imobiliárias que o Creci-SP consultou declararam ter recebido de volta 493 imóveis em janeiro, o equivalente a 56,67% do total de novas locações - percentual 4,4% inferior aos 59,28% apurados em dezembro. A maioria das devoluções (90,87%) se fez por outros motivos - como compra de imóvel, fim do contrato, mudança para imóvel em outro bairro mais próximo do trabalho, por exemplo - que não os financeiros (9,13%), que incluem mudança para aluguel mais barato ou falta de verba para pagamento da locação.

Estavam inadimplentes 3,96% dos inquilinos com contratos em vigor nas 501 imobiliárias em janeiro, percentual 16,47% superior aos 3,4% de dezembro.

Em janeiro, o número de ações propostas nos Fóruns da Capital caiu 29,25% em relação a dezembro. Com exceção das ações consignatórias, que aumentaram 14,29% (de 14 para 16), todas as demais tiveram redução: 39,58% nas renovatórias do valor do aluguel (de 96 em dezembro para 58 em janeiro); 34,73% nas de rito sumário (de 3.202 para 2.090); 15,8% nas propostas por falta de pagamento (de 1.082 para 911); e 12,98% nas de rito ordinário (de 208 para 181).

Fonte: Monitor Mercantil - RJ

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