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Crédito habitacional infla o PAC

Texto: Redação AECweb

Habitação responde por 40% dos R$ 324,3 bilhões gastos pelo governo no programa lançado para ampliar obras de infraestrutura

30 de julho de 2012 - O avanço do financiamento habitacional ajudou o governo a traçar um balanço positivo do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na quinta-feira, 26, apesar do atraso em dezenas de obras prioritárias. O setor de habitação respondeu por 40% do total de R$ 324,3 bilhões gastos pelo governo nos últimos 18 meses no programa lançado, oficialmente, para ampliar obras de infraestrutura.

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, elogiou o andamento do programa, destacando a conclusão de 30% das obras previstas na segunda fase do PAC, e apontou impactos positivos na geração de empregos. "É importante o financiamento habitacional porque alavanca o setor de construção civil, um dos mais intensivos em mão de obra", afirmou.

"Por que geramos tantos empregos se a economia não está crescendo? Por uma escolha do governo." Segundo o balanço, foram R$ 108,6 bilhões em financiamento habitacional de moradias novas e usadas, mais R$ 20,7 bilhões do programa Minha Casa, Minha Vida, totalizando R$ 129,3 bilhões - 39,8% do total desembolsado de janeiro de 2011 até o mês passado.

Espírito animal. Apesar de o Orçamento da União responder por R$ 28,6 bilhões do PAC e os investimentos privados atingirem R$ 69,1 bilhões, a ministra cobrou mais ousadia de empresários para impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB) e alavancar o crescimento econômico.

"Evidentemente, o investimento público não é o único motor da economia, a parcela dele está sendo feita", disse. "O espírito animal dos empresários precisa surgir para que isso se complemente e a economia volte a crescer." A ministra repetiu a promessa de usar o Regime Diferenciado de Contratação (RDC), mais ágil do que a Lei de Licitações, para acelerar a assinatura de contratos com empreiteiras.

Ela também ressaltou o anúncio, no mês que vem, de uma rodada de concessões de logística e transportes à iniciativa privada para incentivar os empresários a elevarem os investimentos.

A lista de obras, porém, não trará só novidades, enumerando projetos que estão há anos na prateleira, como o trem de alta velocidade que ligará as cidades de São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro.

Fonte: O Estado de São Paulo

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