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Crédito imobiliário poderá reter 68% da poupança em 2013

Texto: Redação AECweb

A demanda crescente dos financiamentos para imóveis pode ser preocupante, visto que a captação dos recursos é do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e Poupança.

02 de junho de 2011 - Estudo do Banco Central e da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), aponta que em 2013 o saldo do crédito imobiliário comprometerá 68% da poupança. Por isso é necessário haver novas compensações de crédito, conforme informações da assessoria de imprensa da Abecip.

A demanda crescente dos financiamentos para imóveis pode ser preocupante, visto que a captação dos recursos é do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e Poupança. Com isso, entidades da área especulam uma insuficiência dos recursos em dois e cinco anos.

Para o superintendente estadual do Banco do Brasil (BB) no Ceará, Luis Carlos Moscardi, o cenário do financiamento imobiliário não é preocupante no momento. "Não há preocupação em mente em curto prazo, isso deve acontecer daqui uns cinco anos, mas já estamos estudando mecanismos. A própria linha de crédito vai ter que mudar um pouco, ficar mais ágil, por exemplo", afirma Moscardi. Ele ainda diz que em breve o BB terá correspondentes imobiliários para "democratizar e popularizar esse grande vetor", considera. Através da assessoria de imprensa, a Caixa Econômica Federal afirma que uma alternativa complementar já existe e é a captação via Letra de Crédito Imobiliário (LCI).

Mas segundo informações da Caixa, o ponto negativo é o encarecimento do custo de captação e, principalmente, descasamento de prazo entre ativos e passivos, visto que se trata de um título de curto prazo e que, diferentemente da caderneta de poupança, não tem um comportamento linear no longo prazo.

No médio prazo, busca-se a criação de algo similar ao Covered Bond (título tradicional de captação de recursos para o crédito imobiliário no mercado internacional). Mas o estudo ainda está em fase inicial. "A falta de dinheiro para o financiamento pode até acontecer, mas antes que ocorra o caos existem várias alternativas. Vão sempre aparecer novas linha de crédito. Mas acredito que a taxa de juros vai ser um pouco maior", analisa o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-Ce), Roberto Sérgio Ferreira.

Fonte: O Povo – CE

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