Crescimento da construção civil mostra solidez da economia
Dilma Rouseff destacou o aumento do número de projetos apresentados à Caixa Econômica Federal por meio do programa Minha Casa, Minha Vida
25 de setembro de 2009 - Ao discursar nesta quinta-feira (24) na posse da nova diretoria do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, destacou que ainda há espaço para a construção civil crescer mais. De acordo com ela, o fortalecimento do setor mostra que os fundamentos da economia brasileira são muito sólidos, o que levou o governo a se manter otimista no início da crise econômica global.
"Os índices sociais estão mostrando que, em que pese a crise mundial, o Brasil conseguiu manter um nível de inclusão social no qual 25 milhões passam para a classe média e 19 milhões saem da pobreza. Todos os indicadores apontam para o crescimento econômico", disse a ministra. O país, acrescentou, foi o único que recebeu o grau de investimento de uma agência de classificação de risco depois da crise internacional. "Coisa que durante muito tempo o país não recebeu."
Dilma assinalou que está havendo aumento do número de projetos apresentados à Caixa Econômica Federal para construir moradias destinadas a famílias com até três salários mínimos, por meio do programa Minha Casa, Minha Vida. As empresas, avaliou, têm sido sensíveis a essa demanda. "O programa é extremamente seguro, porque o governo aportou R$ 28 bilhões em subsídios e não há quase nenhum risco às empresas. O governo colocou R$ 5 bilhões para financiar a infraestrutura. Não há nenhuma casa no Brasil sendo comercializada sem água, esgoto e luz elétrica."
A ministra aproveitou a solenidade para responder àqueles que criticaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quando ele falou que o país vivia "um espetáculo do crescimento". À época, assinalou, as reações foram de ceticismo geral, o que "hoje se mostra injusto e incorreto". "O Brasil começou a crescer, sim. Esse reconhecimento não é do governo apenas."
Ela também falou sobre os índices de produtividade da terra, que o governo se comprometeu a anunciar. O presidente Lula, informou, determinou à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) que fizesse mais estudos sobre o assunto. A partir deles, o governo vai definir uma posição técnica sobre esses índices, observou Dilma. "Os índices foram definidos há muito tempo. Como o país mudou, estamos querendo aferir qual é o índice de produtividade que seria mais justo."
A chefe da Casa Civil destacou ainda o apoio das lideranças do PMDB ao governo Lula e à sua sucessão. "Isso é muito importante porque caracteriza um momento em que o governo do presidente Lula está em busca da estabilidade e da governabilidade. Nós achamos que essa é uma atitude muito positiva para o país."
Embora tenha evitado falar sobre sua possível candidatura à Presidência da República, alegando que isso ainda depende de uma decisão do PT, ela comentou os resultados das últimas pesquisas eleitorais, que continuam sendo lideradas pelo governador de São Paulo, José Serra (PSDB). Para ela, os resultados dos levantamentos sobre as preferências do eleitorado refletem o momento, o que mantém as chances de Lula fazer o sucessor. "Acredito que vamos conseguir fazer o sucessor do presidente Lula. Essa é a expectativa de todo o governo."
Fonte: DCI - SP