Crescimento e reurbanização de Santos valorizam imóveis
Além de Santos, outras cidades do litoral, como Guarujá e Riviera de São Lourenço, são os principais focos do mercado imobiliário
24 de abril de 2009 - Com a crise econômica, o investimento em imóveis, sempre entre os mais seguros, volta à moda. E o Litoral pode ser uma boa opção, pois oferece bom potencial de valorização, com foco em cidades como Santos.
"O desejo em investir em um segundo imóvel é mais confortável em um cenário onde as opções de investimentos possuem ou rentabilidade baixa, como a poupança, ou mais arriscadas, como as oferecidas pela compra de ações na Bolsa de Valores", afirma Carlos Capudjian, diretor da Lopes. "É um momento bom para a compra. As vendas de imóveis aceleram, e as opções variam de R$ 3,6 mil até R$ 6 mil por metro quadrado."
Sandro Gamba, diretor de incorporação em São Paulo da Gafisa, acredita que, em Santos, a velocidade da valorização seja maior. "A localização é o diferencial. O crescimento da bacia de Santos gera uma migração maior de moradores, o que aumenta a velocidade de vendas."
Capudjian, da Lopes, cita a experiência que teve com um empreendimento localizado na Ponta da Praia, cuja valorização avançou nos últimos anos. "Lançamos o empreendimento em dezembro de 2007, cujas unidades custavam, em média, R$ 2,3 mil por metro quadrado. Após cerca de um ano, atingem R$ 3 mil. Ou seja, tiveram 30% de valorização."
Essa valorização chega a 47% no entorno da cidade, em São Vicente. Capudjian conta que um lançamento cujo preço por metro quadrado das unidades era de R$ 2,1 mil atingiu R$ 3,1 mil, uma valorização de 28,95% ao ano. "Há demanda, mas a oferta de negócios não segue a mesma dimensão, pois produtos com diferenciais se tornam raridade." Essa valorização, completa, diminui em regiões mais afastadas, como a Praia Grande, onde a possibilidade de moradia e trabalho na capital é restringida pela distância maior.
Além do crescimento da bacia de Santos, existem propostas da prefeitura da cidade que visam revitalizar a região do Valongo, próxima à região central e ao Porto.”Exceto o centro mais antigo, que está conservado, a região central está paralisada. Esse seria o seu último estágio de consolidação", afirma Capudjian.
Depois dele, não há muito espaço para crescer, como complementa Gamba. "A cidade é circundada por morros, e a tendência é que os empreendimentos se direcionem para o interior da cidade, com o esgotamento de projetos com vista para o mar."
Já o Guarujá, conforme diz Marcelo Dadian, da Rossi, tem espaço para produtos imobiliários mais específicos, e seu ciclo ascendente de valorização continua, mas a uma velocidade mais lenta após o pico de valorização há três anos. Capudjian cita a Praia da Enseada, similar à Riviera de São Lourenço, porém com estrutura menos qualificada que a do condomínio do Litoral Norte.
Sobre a Riviera de São Lourenço, Dadian acredita que se reavivou nos últimos anos pelo encurtamento da viagem até a capital, o que também a torna uma opção para investir.
Fonte: Jornal da Tarde-SP