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Crise deixa a construção menos otimista

Texto: Redação AECweb

Foram entrevistados 228 empresários da construção de todo o país

29 de junho de 2012 - Diante dos últimos desdobramentos da crise financeira na Europa e seu impacto no mercado doméstico, a 51ª Sondagem Nacional da Indústria da Construção Civil, realizada em maio pelo SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) e pela FGV Projetos, revelou um declínio no grau de otimismo dos empresários com relação ao desempenho presente e futuro das suas construtoras, bem como uma percepção negativa quanto à condução da política econômica. Foram entrevistados 228 empresários da construção de todo o país.

A queda nos itens de desempenho da empresa em relação à pesquisa anterior, de 55,7 para 51,3 pontos (-7,9%), e da perspectiva de desempenho, que passou de 59,3 para 54,7 pontos (-7,6%), são apenas alguns dos reflexos do impacto do cenário macroeconômico sobre o setor. Nesse contexto, a percepção dos empresários sobre a condução da política econômica passou de 52,8 para 48,4 pontos, revertendo tendência positiva das últimas sondagens.

Essa deterioração nos resultados pode ser atribuída, entre outros fatores, a um movimento de contágio na esfera macroeconômica, que consequentemente reflete na avaliação com relação a política econômica. Diante da desaceleração da economia como um todo e das incertezas crescentes quanto ao sucesso da política macroeconômica, o sentimento dos empresários do setor acabou sendo contaminado.

Entretanto, conforme a pesquisa, houve uma melhora no indicador da situação financeira das construtoras. Esse alívio na percepção dos empresários pode ser atribuído aos sucessivos cortes nas taxas de juros, movimento que teve início em agosto do ano passado. Ao mesmo tempo, o sentimento quanto à inflação reduzida melhorou, embora ainda continue pessimista.

É importante ressaltar que, mesmo influenciada pelos números positivos da geração de emprego, a indústria da construção não está imune à evolução da economia como um todo e a piora nesses indicadores setoriais é algo concreto e que merece atenção. Mantido o nível de atividade setorial, caso a avaliação do ambiente macro melhore, é possível esperar que volte a haver novo contágio, desta vez, positivo.

Fonte: Sinduscon-SP

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