Custo da construção sobe 0,7% em janeiro no país
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
De acordo com FGV taxa acumula 8,39%
31 de janeiro de 2014 – O Índice Nacional de Custo da Construção – Mensal (INCC-M) subiu 0,7% em janeiro no país, valor acima do registrado em dezembro, de 0,22%, divulgou nesta terça-feira a Fundação Getulio Vargas. Nos últimos 12 meses, a taxa acumula 8,39%.
O grupo de materiais, equipamentos e serviços teve alta de 0,37% e o de mão de obra, 1%. Em dezembro, foram 0,23% e 0,21%, respectivamente. Nos últimos 12 meses, registram 6,30% e 10,37%.
Das sete capitais pesquisadas, somente Recife e Rio de Janeiro apresentaram desaceleração do índice. A capital de Pernambuco passou de 2,29% para 0,22 este mês, e o Rio, de 0,21% para 0,18%. Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre e São Paulo tiveram alta em suas taxas.
Antônio Carlos Gomes, diretor executivo do Sinduscon-Rio, acredita que há um tendência de estabilidade nos custos da construção, pois não há nenhum fator específico determinando crescimento. Ele ressalta que a apuração mensal do sindicato sobre os custos, com metodologia diferente da FGV, deve ser divulgado na próxima semana.
Índice de Confiança cai 3,9%, uma queda menor que nos últimos dois meses
Já o Índice de Confiança da Construção (ICST), também calculado pela Fundação Getulio Vargas, recuou 3,9%, no trimestre encerrado em janeiro na comparação com o mesmo período do ano anterior. Este é o mesmo valor registrado no trimestre findo em dezembro (-3,9%), e praticamente igual ao de novembro (-3,7%), nas mesmas bases de comparação.
Na relação entre os meses, entre janeiro de 2013 e 2014, houve queda de 3%. Apesar de ter caído, o recuo é menor do que os apresentados em dezembro, de -5%, e o de novembro, de -3,7%.
Segundo a FGV, de forma geral, os resultados da pesquisa sinalizam um ritmo de atividade moderado para o setor ao início de 2014.
Entre trimestres, o Índice da Situação Atual (ISA-CST) apresentou queda de 4,4%, contra variação negativa de 6,2%, em dezembro. E o Índice de Expectativas (IE-CST) caiu 3,4%. No mês anterior, havia caído 1,6%. Na comparação mensal, o ISA-CST caiu menos que no mês passado, tendo queda de -2,3% em janeiro contra -5%, em dezembro. O IE-CST, que tinha recuado -4,9%, este mês passou para -3,5%.
Ainda de acordo com a pesquisa da confiança, das 701 empresas consultadas, 27% avaliaram a situação atual como boa no trimestre findo em janeiro de 2014, um percentual acima do registrado no mesmo período anterior, de 26,2%. A avaliação de piora também cresceu. Na mesma base de comparação, em 2013, 11,1% consideravam ruim e, em 2014, 14%.
Gomes pontua que a construção civil vive um momento de preocupação em relação às futuras expectativas, devido à insegurança do cenário macroeconômico:
— O segmento da construção não sobrevive neste amplo contexto de inflação, de variação do dólar e dos indicadores. Tudo isso é preocupante para o setor.