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Custo no AM acumula alta de 5,69% em 12 meses

Texto: Redação AECweb

O acúmulo de crescimento do indicador é de 0,85% em 2010 e de 5,69% nos últimos 12 meses

10 de maio de 2011 - Assim como ocorreu nos últimos dois meses, o Amazonas mais uma vez aparece como o terceiro Estado com metro quadrado mais caro para se construir na região Norte. A pesquisa do Sinapi (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil), divulgada na sexta-feira, 6, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostra o Estado com custo médio de produção por metro quadrado de R$ 811, 66, alta de 0,26% na comparação com o mês passado (R$ 809,51). O acúmulo de crescimento do indicador é de 0,85% em 2010 e de 5,69% nos ultimos 12 meses.

Com esses números, o Amazonas ficou atrás apenas do Acre (R$ 835,56) e de Roraima (R$ 847,86). No cenário nacional, a posição de quinto Estado mais caro para construir também permaneceu. Nesse caso, o primeiro lugar ficou para o Rio de Janeiro que teve o custo médio calculado em R$ 894,95, seguido por São Paulo, com R$ 844,11. No início do ano, o custo médio era de 805,59 e foi crescendo mês a mês até chegar ao valor atual.

A variação de 0,26% apresentada pela pesquisa mostra que o aumento foi um resultado de custos tanto nos insumos quanto nos gastos com a mão de obra.

Para o diretor da Indústria Imobiliária do Sinduscon/AM (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas), Nilton Veras, quando se trata de custos com insumos, é preciso levar em consideração que o Amazonas possui preços relativamente mais altos do que os de outros Estados. "Os materiais necessários para construção encarecem por uma questão de logística, principalmente no que se refere ao transporte, já que muitos são trazidos de outros lugares", justificou.

Sem qualificação

A mão de obra foi apontada como um dos maiores entraves para que se consiga diminuir os custos da construção civil estadual. O gerente comercial da construtora Capital Rossi, Rodrigo Oliveira, disse que o assunto é preocupação permanente de quem trabalha no setor.

Nilton Veras, do Sinduscon-AM, explicou que o problema reside na falta de mão de obra qualificada. "Sem qualificação, a produtividade do trabalhador é baixa e a rotatividade de funcionários acaba aumentando", lamentou.

Para resolver essa situação, segundo Veras, muitas empresas já estão qualificando seus funcionários dentro dos próprios canteiros de obras. "Além disso, a tendência das construtoras é aproveitar cada vez mais profissionais daqui -engenheiros recém-formados e técnicos formados pelo Ifam [Instituto Federal do Amazonas]- a priorizar os que vêm de fora" ressaltou o diretor. Ele considera que essa medida, por si só, já ajudaria na redução dos gastos.

Entre os materiais que sofreram reajustes de preços em abril destacaram-se a caixa d’água de fibrocimento (+5,3%), o vidro liso (+2,5%) e o azulejo branco liso (+2,1%).

Em compensação, alguns produtos da construção civil apresentaram diminuição nos preços, como a soleira de mármore que caiu 10,4% em relação ao mês anterior.

Em relação à mão de obra, uma única categoria profissional sofreu reajuste salarial. Foram os carpinteiros de esquadrias, que receberam 1% de aumento na hora trabalhada, em razão de não terem tido os salários corrigidos pelo dissídio da categoria, em fevereiro do ano passado. Agora, eles passam a receber R$ 4,63 por hora.

Fonte: Jornal do Commercio - AM


 


 

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