menu-iconPortal AECweb

Déficit habitacional será de 11,9 milhões de unidades até 2030

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Os dados fazem parte de um estudo inédito contratado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em parceria com a Ecconit Consultoria Econômica

Déficit habitacional
A maior demanda deve vir das famílias que recebem entre um e três salários mínimos (Foto: romakoma/Shutterstock)

26/03/2021 | 17:10 - O déficit habitacional no Brasil, que em 2019 era de 7,9 milhões de unidades, deve saltar para 11,9 milhões de residências até o ano de 2030. A previsão vem de um estudo inédito realizado pela Ecconit Consultoria Econômica, atendendo à solicitação da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). O levantamento mostra, ainda, que existe bastante espaço para a expansão do setor da construção civil, porém, é necessário o destravamento deste potencial por meio da melhora do ambiente de negócios no país.

De acordo com Luiz França, presidente da Abrainc, a realização de uma reforma administrativa seria importante para reduzir os gastos do governo e abrir espaço para a chegada de investimentos no Brasil. “A reforma administrativa é fundamental porque se começa a ter equilíbrio na conta dos governos, tendo superávit”, avaliou o executivo em entrevista concedida à revista Veja.

Perfil da demanda

Nos próximos anos, a maior demanda por projetos residenciais virá das famílias que ganham entre um e três salários mínimos. Para atendê-las, serão necessárias cerca de 5,2 milhões de unidades — 44,4% do total. A procura por esse tipo de imóvel será motivada, entre outros fatores, pela formação de novos grupos familiares, por condições inapropriadas de habitação ou devido ao ônus do aluguel.

Já as famílias que recebem entre três e 10 salários mínimos serão responsáveis por 1/3 da demanda e o restante são as habitações voltadas para quem ganha mais de 10 salários mínimos. O mercado para essas duas camadas da população será influenciado pela mobilidade social ou pela formação de novas famílias. “Muitos começaram a achar o espaço onde moram inadequado. Pessoas querendo espaços maiores, áreas mais inteligentes ou terraços e varandas. Isso só foi visto por que a pandemia fez com que muitos passassem mais tempo em casa, o que movimenta o mercado e aumenta a procura por novos projetos”, comenta França.

x
Gostou deste conteúdo? Cadastre-se para receber gratuitamente nossos boletins: