Desoneração para material de construção impulsionará o PIB
Cálculos da FGV apontam para impacto positivo
7 de abril de 2009 - As recentes reduções do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de materiais de construção terão impacto positivo de 0,4 ponto percentual no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, caso sejam estendidas para o prazo de um ano, segundo cálculos da FGV Projetos realizados a pedido da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat).
O estudo da FGV traz uma expectativa de contribuição de 0,15 ponto percentual no PIB em 2009 e de 0,25 ponto percentual em 2010. Para a consultora da instituição, Ana Maria Castelo, esse incremento pode contribuir para que o Brasil tenha crescimento econômico este ano ou para que a queda do PIB seja menor.
Conforme o levantamento da FGV Projetos, a participação do IPI no preço de uma casa popular, no valor de R$ 46 mil, deve ficar em 0,2% com a redução do imposto anunciada na semana passada, ante 1% de participação do tributo até então. Se em vez de redução do IPI, o governo tivesse anunciado a desoneração integral do imposto sobre todos os produtos, o impacto no PIB seria de 0,5 ponto percentual e, no emprego, de 0,4 ponto.
Segundo a consultora da FGV, há espaço para novas desonerações tributárias, à medida que o ICMS representa 8% no preço da moradia popular, a CSLL, 1%, e o PIS/Cofins, 2,42%.
"Vamos entrar com pedido de definição de prazo mais extenso [atualmente é de 90 dias], de no mínimo um ano, compatível com o ciclo de vida da construção", afirmou o presidente da Abramat, Melvyn Fox.
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