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Efeitos do corte no Minha casa, Minha vida só serão sentidos em 2012

Texto: Redação AECweb

Programa se tornou a principal vitrine de campanha à sucessão presidencial

09 de março de 2011 - Os impactos do corte anunciado pelo governo federal no programa Minha Casa, Minha Vida devem ocorrer no setor da construção civil somente a partir do próximo ano, segundo avalia a coordenadora de projetos da construção da FGV Projetos, Ana Maria Castelo.

"Os reflexos no nível de emprego, no ritmo de construção de moradias e no próprio programa podem ser sentidos somente a partir de 2012. Isso porque o governo manteve a meta de construir 2 milhões de unidades", afirma.

O programa Minha Casa Minha Vida foi lançado em 2009 e se tornou a principal vitrine de campanha à sucessão presidencial.

Para uma avaliação mais detalhada dos efeitos do corte de R$ 5 bilhões para o programa, uma das medidas anunciadas dentro do pacote de redução de despesas do Orçamento, a consultora considera que devem ser aguardadas a votação da segunda fase do MCMV no Congresso e também a revisão do valor de imóveis subsidiados na faixa de 0 a 3 salários mínimos.

"Os R$ 9 bilhões contratados do Minha Casa, Minha Vida para 2011 já foram aprovados e serão desembolsados. A previsão das entregas para este ano estão mantidas, e o mercado vai continuar construindo com recursos da poupança e do FGTS, o que garante o nível de atividade e de emprego neste ano", afirma.

A contenção de R$ 5 bilhões nos repasses do governo para o programa MCMV representa 40% de redução no projeto com isso, passa de R$ 12,7 bilhões para R$ 7,6 bilhões. Para a especialista, os impactos do corte de recursos para o programa sobre o deficit habitacional ainda são "difíceis" de serem mensurados.

O deficit habitacional no Brasil atingiu 5,808 milhões de famílias em 2009, ou 9,3% do total. O número ficou quase estável em relação a 2008, quando a carência por moradia atingiu 5,799 milhões de famílias.

O deficit habitacional é formado pela soma das famílias que vivem sob o mesmo teto, mas têm intenção de mudar (coabitação) e por aquelas que vivem em moradias inadequadas (cortiços, favelas) - nessa condição há 3,531 milhões de famílias.

Quase um terço dos domicílios considerados inadequados são habitados por famílias com renda mensal entre 1 e 2 salários mínimos. E 78% estão concentrados na faixa de até três mínimos.

Fonte: Jornal Pequeno - MA

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