Emprego deverá bater recorde
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Crescimento do emprego na construção civil em 2014, comparado a 2013, deverá ser de cerca de 3%
06 de fevereiro de 2014 - Comparado a 2013, o nível de emprego na construção brasileira deverá apresentar um crescimento mais robusto em 2014. Ainda neste primeiro trimestre, deve sair dos 3,426 milhões e voltar a alcançar o recorde histórico de 3,547 milhões, registrado em setembro do ano passado.
A previsão é do SindusCon-SP e da FGV (Fundação Getulio Vargas), que projetam expansão contínua do emprego na construção até junho, quando o setor deverá ter mais de 3,6 milhões empregados formais.
Emprego na construção brasileira - Projeção a partir de Janeiro de 2013
De acordo com a projeção, o crescimento do emprego em 2014, comparado a 2013, deverá ser de cerca de 3% (em 2013, a evolução havia sido de 1%, comparada à de 2012). O desempenho do indicador no mês de dezembro de 2013 já sinalizava uma recuperação. “A taxa do emprego de 12 meses –dezembro de 2013 comparado a dezembro de 2012– foi de 1,54%, portanto, superior à média do ano para quase todos os segmentos”, comenta Ana Maria Castelo, coordenadora de estudos de construção civil da FGV.
"Nessa comparação, o emprego nos segmentos de edificações e de preparação de terrenos inverteu a tendência negativa: o primeiro registrou sua primeira taxa positiva do ano e o segundo cresceu pelo segundo mês. O segmento de infraestrutura, com a segunda taxa positiva nesta mesma comparação, registrou aceleração mais forte com crescimento de 0,92%. Apenas os segmentos de serviços especializados acusaram movimento inverso, com maior desaceleração na ponta", observou a economista.
De janeiro a novembro, o mercado imobiliário paulistano já havia registrado uma retomada, aumentando em 7,8% o número de lançamentos e em 18,2% o de vendas, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2012. Espera-se um crescimento mais forte das contratações no segmento de edificações ao longo de 2014.
Mais confiança – A sondagem da construção da FGV realizada em janeiro com empresários de todo o país apontou melhora na confiança do empresariado para este ano e evolução expressiva do indicador de situação atual no segmento de preparação de terrenos –que acompanha a percepção relativa à situação dos negócios e evolução da atividade da empresa.
Desde outubro, o indicador de situação atual na comparação com igual mês do ano anterior tornou-se positivo, ou seja, aponta uma percepção de que a situação está melhor do que no ano anterior. Em janeiro, o indicador alcançou o melhor resultado de sua série histórica.
Análise de 2013 – Em relação ao desempenho do emprego na construção em 2013, o baixo crescimento refletiu, em grande medida, a desaceleração no segmento de edificações, percebida desde o segundo semestre de 2012 e que se acentuou ao longo do ano. Na comparação com 2012, o segmento registrou queda 1,2% e contribuiu com menos de 3 mil novos postos em todo o país, o que representou apenas 5,2% dos empregos criados no ano. O número de empregados em edificações responde por 40% do total da construção. No entanto, ao se somar os empregos do segmento de incorporação, a retração fica menor, de 0,3%.
O encerramento de obras iniciadas no período de grande expansão de 2010 a 2011 afetou também os segmentos de serviços especializados, como o de obras de instalações e de acabamento, que foram desacelerando progressivamente ao longo do ano. No entanto, no acumulado de 12 meses, os dois registraram taxas superiores à média do setor, de 5,4% e 5,1% respectivamente. Em conjunto, somaram 40% dos postos criados no ano.
No que diz respeito ao segmento de infraestrutura, também houve desaceleração. A esperada recuperação decorrente do Plano de Logística lançado em 2012 não ocorreu e os eventos esportivos não conseguiram melhorar muito o desempenho do ano: foram criados 5,5 mil novos postos, ou 10,6% do total da construção. A taxa de crescimento acumulada foi de apenas 0,34%.
A construção civil teve seu melhor desempenho na região Sul do país (alta de 2,36%), seguida pelo Norte (+1,99%). A região Nordeste foi a única a apresentar queda no acumulado do ano, de 0,81%.