Emprego na construção deve continuar crescendo, aponta FGV
Indicador de previsão de emprego em maio ficou em 124,5 pontos
11 de junho de 2012 - A pesquisa Sondagem da Construção, divulgada na última semana pela Fundação Getulio Vargas (FGV), mostrou queda na confiança dos empresários do setor, mas trouxe, ao menos, um bom sinal para aos trabalhadores: o número de empregadores que disseram ter intenção de contratar é maior do que aqueles que pretendem demitir.
Como resultado, o indicador de previsão de emprego em maio ficou em 124,5 pontos em uma escala na qual valores acima de 100 apontam mais contratações do que demissões.
Utilizando dados do Ministério do Trabalho, a pesquisa apontou que, no acumulado de 12 meses encerrados em abril, houve crescimento de 8,3% no nível de emprego da construção. O índice vem aumentando desde novembro do ano passado, quando ficou em 7,1%. Em março, foi de 7,9%.
Para Ana Maria Castelo, economista da FGV e coordenadora da pesquisa, o emprego mostra que a construção ainda está com forte nível de atividade. "Os empresários continuam contratando. Também registramos aumento no índice de consumo de cimento, que é um bom indicativo [do desempenho do setor]."
A escassez de mão de obra foi o maior problema enfrentado pelo setor de acordo com os empresários. Dos entrevistados, 38% disseram ter tido dificuldades para encontrar trabalhadores. Em maio do ano passado, no entanto, o gargalo era enfrentado por 49,8% das companhias. Já o custo de mão de obra cresceu como preocupação. Há um ano, 9,7% dos empresários disseram que os salários eram um entrave ao crescimento do setor. Atualmente, a parcela daqueles que apontam esse problema subiu para 13,9%.
Fonte: Valor Econômico