Emprego na construção segue estável no Grande ABC
Região mantém estabilidade por conta das obras em andamento, de acordo com pesquisa realizada pelo Sinduscon-SP
15 de julho de 2010 - O emprego na construção civil do Grande ABC manteve-se praticamente estável em maio, com saldo de 508 vagas, ante 501 em abril. O município que mais contratou foi São Caetano, com 282 postos de trabalho, seguido por São Bernardo, com 162, e Mauá, com 111. Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra encerraram o mês com cinco e 16 vagas a mais, respectivamente.
O segmento da construção civil, por outro lado, gerou saldo negativo de 50 postos de trabalho em Santo André e 18 em Diadema. Isso é o que aponta pesquisa mensal realizada pelo SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo).
Na avaliação do diretor regional do SindusCon-SP, Paulo Piagentini, essa estabilidade é gerada por conta de obras que estão em andamento na região. "Nota-se que são construções de dois, três anos, e não de 60 dias. Esse é também um bom sinal, pois indica que as vendas continuam em alta", explica.
As contratações continuam mesmo em obras em andamento porque cada fase demanda um tipo de profissional. No início, são necessários carpinteiros e armadores. Depois, precisa-se de pedreiros, ajudantes e encanadores, e, na sequência, de eletricistas e pintores.
São profissionais que, de acordo com Piagentini, constantemente estão em falta. Tanto que o SindusCon oferece, em parceria com o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), cursos profissionalizantes gratuitos para aumentar a qualificação de trabalhadores da construção civil. A meta é, até dezembro, treinar 3.000 profissionais na unidade de Santo André.
A maior parte das vagas no Grande ABC foi gerada em obras privadas. Em Mauá, entretanto, as contratações crescem por conta da interligação da do Trecho Sul do Rodoanel com a Avenida Jacu-Pêssego.
Na avaliação de Piagentini, a expectativa para os meses seguintes é que a abertura de postos de trabalho siga mantendo estabilidade.
Quanto ao programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida, o diretor do SindusCon-SP considera que apenas Mauá consiga oferecer áreas maiores para o loteamento. "Em Santo André, por exemplo, não há mais área para isso. Quando há poucos terrenos, a compra para um programa desses fica inviabilizada, pois o preço do lote se eleva."
Em contrapartida, devido ao acesso fácil às linhas de crédito, as compras de imóveis deve seguir em alta. Mesmo com a elevação da taxa básica de juros, hoje em 10,25%, que, para Piagentini, não chega a interferir nas finanças do consumidor.
Fonte: Diário do Grande ABC - SP