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Empresa irá instalar usina solar flutuante em Fernando de Noronha

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

O investimento da Neoenergia será superior a R$ 10 milhões

usina solar flutuante em fernando de noronha
O arquipélago é reconhecido pela Unesco como Patrimônio Natural da Humanidade (Foto: Brasília de Tudo/Reprodução)

01/11/2022 | 13:15 – O arquipélago de Fernando de Noronha foi o local escolhido para uma inovação tecnológica, criada pela empresa Neoenergia. Ela irá instalar, no espelho d’água do Açude do Xaréu, uma usina solar fotovoltaica flutuante, com investimento superior a R$ 10 milhões.

O açude tem área de cerca de 4.400 metros quadrados e pertence à Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), a maior consumidora de energia da ilha. A instituição conta que o intuito da instalação é reduzir o consumo do arquipélago, que utiliza, em grande medida, o diesel — um combustível altamente poluente.

“Eles consomem 18% da energia da nossa usina de Noronha. Colocando essa nova usina no espelho d’água, nós vamos economizar 50% do consumo da Compesa. É importante porque isso vai reduzir a geração na ilha e, portanto, terá reflexos na parte ambiental de Noronha”, disse a superintendente de Eficiência Energética da Neoenergia, Ana Christina Mascarenhas.

Outro benefício, fruto da instalação da usina solar flutuante, será a descarbonização e o investimento em sustentabilidade em Fernando de Noronha. Estima-se que, com a iniciativa, a emissão de gases poluentes anualmente pelo arquipélago será reduzida em 1.663 toneladas de gás carbônico (CO2). O consumo médio da ilha é de 2.300 megawatts-hora (MWh) por mês.

O investimento, de acordo com Ana Christina, deve superar os R$ 10 milhões, com previsão de início de operação para o segundo semestre de 2023. O processo de licitação ainda não foi concluído e está recebendo propostas para construção da nova planta, que terá potência de cerca de 630 quilowatt-pico (kWp) e uma geração estimada de 1.238 MWh por ano. 

A superintendente lembrou que a usina solar flutuante vai gerar energia para consumo imediato pela Compesa, que trabalha 24 horas dessalinizando água do mar.

A proposta, quando colocada em prática, integrará o Programa Energia Sustentável Noronha, que prevê soluções energéticas renováveis e de estímulo à preservação do ecossistema. O arquipélago é reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como Patrimônio Natural da Humanidade.

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