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Empresas investem para escapar da energia cara

Texto: Redação PE

Na indústria da construção civil, os gastos com energia ganharam status de prioridade, ligados diretamente às instalações elétricas nos canteiros de obras, segundo Roberto Matozinhos, assessor técnico do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG). A busca por eficiência começa no planejamento da edificação. As empresas definem antecipadamente o consumo, estudando toda a movimentação de carga que será feita na obra e escolhendo o equipamento que melhor atenderá, entre gruas, elevadores e guinchos de coluna, afirma.

Outra tendência que o setor abraçou e ajuda a reduzir o consumo de energia foi o uso de argamassa e concreto, que retira a betoneira do canteiro de obras. Na escolha dos equipamentos o principal requisito na avaliação da qualidade do maquinário passou a ser a quantidade de energia necessária para o seu funcionamento. Dentro de pouco tempo teremos um selo Procel (certificado concedido pelo Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica aos eletrodomésticos com melhores índices de economia do insumo) para os equipamentos de obra, diz Matozinhos.

O projeto da Arcelor Mittal Bioflorestas para gerar energia elétrica a partir da queima da fumaça decorrente da produção de carvão vegetal conta com recursos financiados pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Serão investidos R$ 9 milhões, dos quais R$ 3 milhões de capital próprio do grupo siderúrgico. A empresa pretende gerar 80 kW/h, energia suficiente para alimentar 30 residências, na planta -piloto de Martinho Campos, onde 12 dos atuais 40 fornos vão alimentar o sistema de turbina a gás. A experiência pode servir também de referência para a região, como destaca o diretor-geral da companhia, Maurício Bicalho de Melo.

Fazendeiros, prefeituras e empresários de outros segmentos que precisam reciclar os resíduos nos seus empreendimentos poderão produzir energia com a queima da fumaça dos próprios resíduos. A venda da energia gerada pode levar a investimentos não só nessa solução ambientalmente correta, como também representar outra fonte de lucro, afirma Bicalho de Melo. A Gerdau, por sua vez, pretende reduzir, neste ano, 2,5% do consumo total da energia demandada nas suas unidades no Brasil, o que deverá significar uma economia de R$ 40 milhões.

Fonte: Estado de Minas
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