Energia solar se torna a segunda fonte mais utilizada no Brasil
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Em 2022, a capacidade instalada desse tipo de tecnologia aumentou em mais de 60%
A fonte fotovoltaica responde por 11,2% da matriz nacional (Foto: Philip Steury Photography/Shutterstock)
05/01/2023 | 12:31 — O ranking das principais matrizes elétricas do país precisou ser atualizado neste início de 2023. Isso porque a segunda posição — até então ocupada pela geração eólica — agora pertence à fonte fotovoltaica. De acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a potência instalada operacional da tecnologia atingiu a marca de 23,9 gigawatts na última terça-feira (03), superando os 23,8 gigawatts oriundos da força dos ventos.
Com esse resultado, a geração fotovoltaica responde agora por 11,2% da matriz nacional, estando atrás apenas da fonte hídrica (51,3%). O crescimento na popularidade da energia solar pode ser explicado por diferentes fatores, como os incentivos econômicos para projetos de usinas de pequeno a grande porte. Os números da Absolar mostram que 16 gigawatts do total de 23,9 gigawatts são produzidos em sistemas com porte reduzido (como os painéis instalados nas coberturas e fachadas de diversas edificações espalhadas por todo o país).
“É uma tecnologia que ajuda a diversificar a matriz elétrica do país, aumentar a segurança de suprimento, reduzir a pressão sobre os recursos hídricos e proteger a população contra mais aumentos na conta de luz”, enumera Rodrigo Sauaia, CEO da Absolar. Em 2022, a capacidade instalada desse tipo de energia aumentou em mais de 60% no país, com um ritmo de crescimento de cerca de 1 gigawatt a cada 30 dias durante os últimos meses.
Entraves
Em meio à ampliação no uso da energia solar, uma mudança na legislação pode reduzir a velocidade de expansão. A partir do próximo dia 07 de janeiro, entra em vigor um projeto de lei que prevê novas cobranças sobre quem pretende instalar em sua residência painéis solares conectados à rede (on grid). Além de uma taxa extra, o consumidor receberá 85% do crédito pelo excedente. Aqueles que já têm a solução em funcionamento estão isentos até 2045.
Para tentar evitar essa alteração, o setor solicitou a extensão do prazo. O pedido foi aprovado na Câmara dos Deputados, mas não teve tempo de ser analisado pelo Senado.