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Engenheiros preocupados com o ritmo das obras para a Copa do Mundo

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

País tem deficit de 63% de profissionais e categoria aposta na qualificação

13 de setembro de 2012 - Preocupada com o andamento das obras nos estádios que vão receber os jogos da Copa de 2014, a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) alerta para a falta de engenheiros no Brasil. “O país precisa formar 60 mil novos profissionais por ano para atender o crescimento e a demanda dos grandes eventos esportivos”, o presidente da entidade, Murilo Celso Pinheiro.

De acordo com relatório divulgado semana passada pelo Ministério do Esporte, faltando pouco mais de três anos para a Copa de 2014, seis, das 12 arenas, ainda estão longe de ficarem prontas. Entre os estádios que ainda não atingiram metade do cronograma estão os de Cuiabá (47%), Curitiba (45%), Manaus (44%), Natal (30%), Porto Alegre (33%) e São Paulo (48%). A previsão de entrega destas obras é de entre junho e dezembro de 2013.

O Censo de Educação Superior (Inep/MEC), revela que o Brasil formou apenas 38 mil engenheiros em 2010.  E para atender o crescimento da economia, as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e os grandes eventos, como Copa das Confederações, Copa de 2014 e Olimpíadas.

Segundo a FNE, mais de 100 mil alunos entram nos cursos de nível superior de engenharia, mas apenas 30 mil se formam a cada ano. O presidente da FNE estima que existam atualmente no Brasil cerca de 500 mil profissionais na ativa, número pequeno para a demanda. Este problema nacional tem explicações que vão desde a velocidade do crescimento econômico no país até a evasão nas faculdades. “Precisamos tomar medidas para que os  nossos profissionais aproveitem as oportunidades que se abrem, descartando a importação de mão de obra”, destaca Pinheiro.

As obras prioritárias para a realização dos jogos no Brasil incluem também melhorias nas áreas de mobilidade urbana, rede aeroportuária, hotelaria, saúde, saneamento e telecomunicações, entre outras.

Soluções

Para discutir os gargalos de infraestrutura e a falta de profissionais no país, no período de 24 a 26 de setembro, centenas de engenheiros de todo o Brasil estarão reunidos no Congresso Nacional dos Engenheiros (Conse), em São Paulo para tratar, entre outros temas, da escassez da mão de obra para suprir a carência de infraestrutura no país. Segundo dados do Censo de Educação Superior (Inep/MEC), o Brasil formou apenas 38 mil engenheiros em 2010. Ou seja, a realidade é 63% abaixo da necessidade.

Com a presença do governador Geraldo Alckmin na abertura, a oitava edição do Conse irá contar com palestras do ex-presidente do BNDES, Carlos Lessa, e do ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.


 


Realizado a cada três anos, o encontro mais importante da FNE, a exemplo das edições de 2006 e 2009, colocará em pauta o debate sobre desenvolvimento, sob o tema “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento – País + Inteligente”.

Fonte: Federação Nacional dos Engenheiros (FNE)

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