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Entregas de residências verticais aumentam 108% no Mato Grosso

Texto: Redação AECweb

Pesquisa divulgada pelo Secovi/MT revela que 34 torres foram entregues em 2010 e 71 serão em 2011

14 de julho de 2011 - Das 175 novas torres - que somam 11 mil unidades residenciais -, 95% atenderão à demanda por apartamentos de dois, três e quatro quartos, sendo 82% voltados à classe média

Pesquisa inédita do Sindicato da Habitação de Mato Grosso (Secovi/MT, revela que o mercado imobiliário de residências verticais (apartamentos) vai receber num período de cinco anos, 175 novas torres, das quais, 34 foram entregues em 2010 e outras 71 serão no decorrer de 2011, um incremento anual de 108%. Pelos dados divulgados ontem, 2011 se consolida como o melhor ano do segmento, já que sozinho responderá por 40% do total de projetos do período analisado, 2010 a 2015.

Ainda segundo o relatório, em 2012 serão entregues 31 torres, em 2013, 35, em 2014, 34 e para 2015 estão programadas quatro novas torres, pelo menos até o momento. Deste total de projetos, 95% atenderão à demanda por apartamentos de dois, três e quatro quartos, sendo 82% voltado ao atendimento da classe média que procura por dois e três quartos somente. Nos próximos cinco anos o Estado contará com mais de 11 mil novas moradias verticais edificadas por 27 construtoras.

A pesquisa do Secovi/MT não apurou valores de investimentos das construtoras para concretizar as obras, porém, estimativas de mercado apontam que o volume de recursos injetados poderá atingir cerca de R$ 1 bilhão. "Altas cifras continuam sendo aplicadas pelas construtoras que planejam mais lançamentos nos próximos anos, em Mato Grosso. Desde 2007, o Estado vivencia um excelente movimento no setor imobiliário", explica o presidente do Secovi/MT, Marco Pessoz.

Do total de unidades a serem entregues, 5% é de um quarto, com área útil de cerca de 36 metros quadrados (m²) a 41 m². Essas unidades estão sendo comercializadas entre R$ 96 mil a R$ 130 mil. Os apartamentos com dois dormitórios representam 28,47% dos projetos contabilizados pelo Secovi/MT, possuem área útil entre 62 m² a 74 m² e estão na faixa de R$ 135 mil a R$ 245 mil. As unidades com três dormitórios representam 54,48%, possuem área de 102 m² a 143 m² e o valor fica entre R$ 220 mil e R$ 500 mil. Já os de quatro dormitórios representam 12,05%, possuem área útil de 143 m² a 232 m², e valores acima de R$ 550 mil.

Momento

Segundo Pessoz, o déficit habitacional do Estado ainda é muito elevado, o que possibilita que as empresas continuem apostando no setor. Prova disso, é que mais grupos estão vindo para o Mato Grosso. "A facilidade de pagamento, a oferta de crédito e a estabilidade econômica também propiciam condições para fechar negócios", ressalta, acrescentando que o programa "Minha Casa, Minha Vida", criado em 2009, também possibilitou o acesso da população de mais baixa renda à casa própria.

Outro fator que contribuiu para o cenário favorável na Capital, como destaca Pessoz é o fato de Cuiabá ser uma das sedes dos jogos da Copa do Mundo de 2014. "Isso fez valorizar os imóveis na cidade e nas áreas onde serão promovidas obras de melhoria da infraestrutura. Sabemos que quando há uma estrutura melhor, como acesso e proximidade a outros empreendimentos, a tendência é que os preços subam. É o comportamento do mercado. Por isso, em determinadas áreas houve uma valorização significativa", avalia.

Para os próximos anos, as expectativas são as melhores possíveis, com o mercado atento às necessidades do cliente. "O ambiente deve ser favorável ao desempenho de nossas atividades".

Gargalos

O setor acredita que o mercado imobiliário continuará apresentando resultados positivos, mantendo crescimento sustentado próximo à variação do PIB (Produto Interno Bruto), permanecerá gerando empregos e colaborando com o desenvolvimento socioeconômico do país. "Porém, o setor terá de investir em melhoria dos processos burocráticos, inovação tecnológica e qualificação da mão-de-obra, a fim de racionalizar o processo atual de incorporação e construção, excessivamente demorado", afirma Pessoz, destacando que fontes de recursos para o financiamento à produção e à aquisição de imóveis pela classe média é outro gargalo a ser solucionado a partir de 2012 ou 2013.

Tendo a Caixa Econômica Federal como principal agente financiador com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e os bancos privados como captadores e aplicadores da caderneta de poupança, o setor já iniciou os debates acerca da necessidade de complementação desses fundings e assim seguir com os investimentos.

Fonte: Diário de Cuiabá - MT

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