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Especialistas discutem alternativas para o financiamento imobiliário

Texto: Redação AECweb

Tema foi discutido ontem, durante o 83º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic).

12 de agosto de 2011 - As fontes de recursos para financiamento imobiliário no Brasil, alternativas à poupança, foram discutidas nesta quinta-feira (11), pela Comissão da Indústria Imobiliária (CII), durante o 83º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic), que acontece até sexta-feira (12), no World Trade Center (WTC), em São Paulo.

A preocupação com o breve esgotamento dos recursos da poupança e alternativas como securitização e fundos de pensão foram destaques no painel, que teve Celso Petrucci, diretor Executivo e Economista Chefe do Secovi-SP, como moderador. Também participaram das discussões, José Conde Caldas, presidente da Ademi-Rio, Arthur Parkinson, diretor da Comissão de Produtos Financeiros Imobiliários do Secovi-SP, e João Crestana, presidente do Secovi-SP.

Dyogo Henrique de Oliveira, secretário Adjunto do Ministério da Fazenda ressaltou que, conforme discutido amplamente com diversos agentes do setor da construção, os recursos da poupança destinados ao financiamento imobiliário tendem a se esgotar em médio prazo e diante deste cenário, algumas alternativas estão sendo analisadas, como o melhor aproveitamento do CRI, hoje vinculado em grande parte a imóveis comerciais. Além disso, de acordo com Oliveira, a desindexação da economia é fundamental para o desenvolvimento e ampliação de novos sistemas de financiamento imobiliário.

Segundo Felipe Pontual, diretor Executivo da Abecip, o saldo da poupança cresceu 15% de julho 2010 a julho 2011. Já os financiamentos imobiliários cresceram 55% no comparativo do primeiro semestre deste ano com o mesmo período em 2010. "Criar novos títulos, como a Letra Financeira Imobiliária (LFI), de funcionamento similar ao Covered Bond pode ser uma solução interessante. De toda forma, cada vez mais será um desafio atrair o investidor sem afastar o mutuário.", destacou. Ainda segundo Pontual, o país conta com uma excelente vantagem competitiva – os índices de inadimplência são extremamente baixos, tornando este mercado ainda mais atrativo.

Já Fabio Araujo Nogueira, vice-presidente da Brazilian Mortgages – Grupo Ourinvest, defende a securitização como principal alternativa aos recursos da poupança. "Temos uma oportunidade única de desenvolver o mercado de securitização imobiliária no Brasil. Essa alternativa sempre esteve à sombra da caderneta de poupança. Precisamos alavancar o CRI, já que há um grande potencial de crescimento deste recurso", concluiu Nogueira.

Fonte: SindusCon-SP
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