Comandante do Corpo de Bombeiros do RJ diz que equipamentos próximos ao local estavam sem carga. Companhia de água diz que o abastecimento na região estava normalizado

Fogo foi contido apenas na madrugada da segunda-feira (3) (crédito: Tânia Rego/Agência Brasil)

03/09/2018 | 17:18 – O Corpo de Bombeiros do RJ afirmou que a falta de água em hidrantes retardou o combate ao incêndio no Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, Zona Norte do Rio. Por volta das 19h30 deste domingo (02/09), o fogo começou a se alastrar pela estrutura e foi contido apenas na madrugada da segunda-feira (3).

Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, coronel Roberto Robadey, os dois hidrantes mais próximos ao local estavam sem carga. Foi necessário solicitar apoio à Companhia de Águas e Esgotos do Rio (Cedae), que colaborou com o envio de carros-pipa. “Pedimos apoio a eles [da Cedae] de carros-pipa e também trouxemos os nossos carros da Baixada Fluminense”, declarou.

A Cedae, por sua vez, divulgou, por meio de nota oficial, que o abastecimento na região estava normalizado, e que é padrão operacional da companhia enviar equipes ao local para verificar a necessidade de algum tipo de apoio. “Em casos de incêndios de grandes proporções, a equipe se apresenta no local para verificar a necessidade de apoio aos bombeiros, seja no envio de carro-pipa ou abastecimento de hidrante. No caso deste incêndio, a Cedae disponibilizou carros-pipa que estão à disposição para uso dos bombeiros, mesmo com a região estando plenamente abastecida”, diz a nota oficial.

O reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Leher, acredita que houve falha na ação dos Bombeiros. “Nós percebemos claramente que faltou uma logística e uma capacidade de infraestrutura do Corpo de Bombeiros que desse conta de um acontecimento tão devastador como foi esse incêndio”, afirmou.

Falha em hidrantes retardou combate a incêndio no Museu Nacional