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Favela da Rocinha recebe visita de 33 arquitetos franceses

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Profissionais ficaram impressionados com homogeneidade da comunidade

25 de novembro de 2013 - Não é todo dia que um grupo de 33 arquitetos franceses passa pela Rocinha. Mas foi exatamente o que aconteceu na última semana. Conselheiros da Mutuelle des Architectes Français Assurances (MAF) — seguradora francesa especializada em construção civil que vem investindo no mercado carioca —, eles vieram ao Brasil para uma reunião da empresa e, claro, foram ver de perto como se organizam as casas sobre o morro da maior comunidade da Zona Sul carioca. Saíram impressionados com a organização da beleza e do caos.

— Há uma unidade aqui quando você olha a favela de longe. Uma homogeneidade. Muito maior do que quando olhamos para os prédios da cidade — observou Alain Vivier, presidente da MAF.

Há 80 anos no mercado europeu, a empresa pensa a segurança de casas e edifícios desde a escolha do terreno até o último tijolo. E, agora, vem tentando introduzir a prática no Brasil. Especialistas em unir os conhecimentos de engenharia civil e da arquitetura com os cálculos de estatísticas de acidentes, os conselheiros de administração da empresa europeia estão de olho no mercado nacional. Não à toa, realizaram no Rio, no último dia 14, sua grande e tradicional reunião bienal — a primeira fora da Europa em toda a trajetória do grupo.

— Queremos trazer a cultura de seguros em construções para o Brasil. Na França, temos a tradição de selos de qualidade que garantem um padrão de exigências. Isso serve para comida, bebida e edifícios, casas — diz o conselheiro da MAF Jean François Allard.

O grupo veio ao país para conhecer a única subsidiária fora do continente europeu — a Essor Seguros, especializada em seguros de obras para a construção civil, que é fruto de uma joint-venture entre o Grupo MAF e a SCOR Global P&C.

Segundo Vivier, a ideia é, além de penetrar no mercado de construção privada (edifícios comerciais e prédios residenciais), integrar projetos públicos como o Minha Casa, Minha Vida, do governo federal. Apesar de estar se articulando para adentrar a iniciativa popular, a seguradora não tem, ainda, uma parceria formada com o programa.

— As pessoas tendem a achar que seguro é algo que você paga à toa, pois nunca usa — observa Jean François — Mas no caso da MAF, isso não acontece, pois monitoramos a construção da casa desde a sua base até o último momento. Há um acompanhamento, um cuidado.

Fonte: O Globo

 

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