FGTS vai destinar R$ 30,6 bi para habitação
Financiamento responde por 61% do valor do imóvel, aponta pesquisa.
19 de novembro de 2010 - O FGTS irá destinar R$ 30,6 bilhões ao setor de habitação no país, segundo decisão sobre o orçamento de 2011 aprovada pelo Conselho Curador do fundo. Os representantes também aprovaram suplementação de R$ 5,3 bilhões no orçamento de 2010, para habitação popular.
Para o próximo ano, do total destinado à habitação, R$ 21 bilhões irá para crédito à moradia popular, R$ 2 bilhões para o Pró-Moradia (para população em vulnerabilidade social) e R$ 1 bilhão para o Pró-Cotista (para detentores de conta vinculada ao FGTS).
Além disso, uma reserva de R$ 4,5 bilhões para descontos na compra do imóvel para pessoas de baixa renda foi disponibilizada. O ministro do Trabalho e presidente do Conselho Curador do FGTS, Carlos Lupi, explicou a destinação do recurso: "Desse valor do desconto, R$ 3 bilhões estão destinados para o Programa Minha Casa, Minha Vida, na produção ou aquisição de pelo menos 150 mil imóveis novos".
Os R$ 2,1 bilhões restantes serão destinados aos CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários). No geral, o conselho aprovou orçamento de R$ 46,9 bilhões. Fora o montante já reservado à habitação, mais R$ 4,8 bilhões seguirão para o saneamento básico e R$ 11,5 bilhões para infraestrutura.
Em 2010, o orçamento inicial aprovado foi de R$ 40,7 bilhões, sendo R$ 25,9 bilhões para a área habitacional, R$ 4,6 bilhões para saneamento básico e R$ 1 bilhão para infraestrutura urbana, informou o Ministério do trabalho.
Financiamento
O financiamento já responde por 62,1% do valor total do imóvel, segundo dados divulgados pela Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança). O número é 1,1 ponto percentual maior do que o apurado em 2009, quando o financiamento respondia por 61,1% do valor total do imóvel.
Na comparação com 2008, quando o percentual alcançou os 58,6%, o incremento foi de 3,5 pontos percentuais. Na comparação com 2004, quando foi iniciado o levantamento, o aumento foi de 15,3 pontos percentuais.
Dentre os fatores que explicam a alta, está o aumento dos salários reais, da massa salarial e do emprego, aliados às condições mais flexíveis dos financiamentos, com prazos maiores e juros mais baixos.
Fonte: Folha de Alphaville - SP