Finanças para linha imobiliária registram níveis confortáveis
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Estima-se que a até o final de 2015 a poupança possa sustentar sozinha esses recursos
30 de julho de 2013 - O cenário de recursos (funding) para o financiamento imobiliário está mais promissor neste ano com aumento na captação da poupança e o fortalecimento de alternativas de mercado. A Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupanças (Abecip) estima que a poupança sozinha possa sustentar esses recursos até o final de 2015. A estimativa anterior da entidade, divulgada em junho passado, previa que os recursos eram suficientes para até meados de 2015.
"A situação do funding imobiliário é boa e saudável, pois o crescimento de captação dos últimos anos tanto pela poupança quanto pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) garantem os recursos necessários para expansão do setor", afirmou o professor de administração da Universidade Anhembi Morumbi, Marcelo Gornela.
O professor do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais do Rio de Janeiro (Ibmec-RJ), Mauro Rochlin, também acredita que por enquanto os instrumentos tradicionais, poupança e FGTS, tem sido suficientes. "Com o crescimento da renda e do emprego a tendência é as pessoas colocarem mais recursos na poupança. Não sei se estes recursos serão suficientes, mas por enquanto têm dado conta do recado", afirmou. "A questão que se coloca é até quando o governo continuará estimulando esse segmento de crédito", complementou.
Essa melhora é importante para sustentar a expansão da linha de crédito que mais cresceu no primeiro semestre do ano. Pesquisa da Abecip, divulgada na última sexta-feira, mostrou que o crédito imobiliário com recursos da poupança apresentou o melhor resultado da história desde o início do Plano Real. O financiamento imobiliário fechou os primeiros seis meses do ano em R$ 49,6 bilhões, aumento de 34% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Em termos de unidades, foram financiados 244,7 mil imóveis nos seis primeiros meses do ano, avanço de 14% ante igual período de 2012. Só em junho, foram 53,2 mil imóveis, avanço de 27% na comparação com o ano passado.
A captação líquida da poupança também teve o melhor desempenho em junho desde 1995, somando R$ 6,7 bilhões.
As alternativas de funding para o crédito imobiliário para além da caderneta de poupança e do FGTS, como os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs), começam a ser fortalecer. Segundo dados da BM&FBovespa, foram movimentados no primeiro semestre desse ano um total de R$ 4,89 bilhões nesse tipo negócio. O valor é superior aos R$ 3,59 bilhões movimentados durante todo o ano passado.
O gerente de produtos imobiliários da BM&FBovespa, Paulo Cirulli, destaca no entanto que ainda há muito espaço para crescimento desses produtos no Brasil. Enquanto os 207 FIIs registrados no Brasil têm valor de mercado de US$ 13,3 bilhões, os 172 REITs (produtos equivalentes) registrados nos Estados Unidos têm valor de US$ 603,4 bilhões.
Ainda assim, ele afirma que o apetite pelos FIIs está crescendo. E que o potencial deste mercado é grande no Brasil justamente porque ele está "atrelado a um setor deficiente de investimento"
Outra fonte de financiamento que compõe o funding de crédito imobiliário, os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) também apresentam bons resultados no ano. Em primeiro de janeiro deste ano, o estoque de CRI estava em R$ 33, 3 bilhões e passou para R$ 45,1 bilhões em 29 de junho.
Fonte: DCI
30 de julho de 2013 - O cenário de recursos (funding) para o financiamento imobiliário está mais promissor neste ano com aumento na captação da poupança e o fortalecimento de alternativas de mercado. A Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupanças (Abecip) estima que a poupança sozinha possa sustentar esses recursos até o final de 2015. A estimativa anterior da entidade, divulgada em junho passado, previa que os recursos eram suficientes para até meados de 2015.
"A situação do funding imobiliário é boa e saudável, pois o crescimento de captação dos últimos anos tanto pela poupança quanto pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) garantem os recursos necessários para expansão do setor", afirmou o professor de administração da Universidade Anhembi Morumbi, Marcelo Gornela.
O professor do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais do Rio de Janeiro (Ibmec-RJ), Mauro Rochlin, também acredita que por enquanto os instrumentos tradicionais, poupança e FGTS, tem sido suficientes. "Com o crescimento da renda e do emprego a tendência é as pessoas colocarem mais recursos na poupança. Não sei se estes recursos serão suficientes, mas por enquanto têm dado conta do recado", afirmou. "A questão que se coloca é até quando o governo continuará estimulando esse segmento de crédito", complementou.
Essa melhora é importante para sustentar a expansão da linha de crédito que mais cresceu no primeiro semestre do ano. Pesquisa da Abecip, divulgada na última sexta-feira, mostrou que o crédito imobiliário com recursos da poupança apresentou o melhor resultado da história desde o início do Plano Real. O financiamento imobiliário fechou os primeiros seis meses do ano em R$ 49,6 bilhões, aumento de 34% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Em termos de unidades, foram financiados 244,7 mil imóveis nos seis primeiros meses do ano, avanço de 14% ante igual período de 2012. Só em junho, foram 53,2 mil imóveis, avanço de 27% na comparação com o ano passado.
A captação líquida da poupança também teve o melhor desempenho em junho desde 1995, somando R$ 6,7 bilhões.
As alternativas de funding para o crédito imobiliário para além da caderneta de poupança e do FGTS, como os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs), começam a ser fortalecer. Segundo dados da BM&FBovespa, foram movimentados no primeiro semestre desse ano um total de R$ 4,89 bilhões nesse tipo negócio. O valor é superior aos R$ 3,59 bilhões movimentados durante todo o ano passado.
O gerente de produtos imobiliários da BM&FBovespa, Paulo Cirulli, destaca no entanto que ainda há muito espaço para crescimento desses produtos no Brasil. Enquanto os 207 FIIs registrados no Brasil têm valor de mercado de US$ 13,3 bilhões, os 172 REITs (produtos equivalentes) registrados nos Estados Unidos têm valor de US$ 603,4 bilhões.
Ainda assim, ele afirma que o apetite pelos FIIs está crescendo. E que o potencial deste mercado é grande no Brasil justamente porque ele está "atrelado a um setor deficiente de investimento"
Outra fonte de financiamento que compõe o funding de crédito imobiliário, os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) também apresentam bons resultados no ano. Em primeiro de janeiro deste ano, o estoque de CRI estava em R$ 33, 3 bilhões e passou para R$ 45,1 bilhões em 29 de junho.
Fonte: DCI