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Financiamento da casa própria pode ficar mais caro

Texto: Redação AECweb

Não atualização do salário mínimo por parte do Programa fará com que o financiamento pese mais no bolso de muitos beneficiados

26 de fevereiro de 2010 - O aumento do salário mínimo é notícia boa para muita gente, mas para quem vai financiar a casa própria pode virar dor de cabeça. Isso porque o governo não reajustou a tabela do programa Minha Casa Minha Vida com o novo salário mínimo. Sr. Oswaldo sabe disso e resolveu adiar o financiamento.

A tabela do programa ainda se baseia no mínimo de R$ 465,00 e prevê três faixas para o financiamento. Quem ganha de até cinco salários mínimos paga juros de 5% ao ano mais TR. De cinco a seis salários, 6% e de seis a dez: 8,16% mais TR.

Essa é a faixa de Sr. Oswaldo, que quer R$ 100 mil para comprar um imóvel. Para isso, ele teria que desembolsar R$ 12 mil de entrada e pagar 300 prestações de R$ 845.

Mas se o governo atualizar a tabela com o novo mínimo de R$ 510, Sr. Oswaldo vai para a faixa intermediária. Pagaria só R$ 5 mil de entrada e a prestação cairia para R$ 720.

Se isso acontecer, com a redução da entrada, Sr. Oswaldo teria em mãos R$ 7 mil que já tem destino: eletrodomésticos para a casa nova. Daria para comprar um sofá, armário e até uma cama.

"Estou buscando informações na Caixa Econômica Federal e aguardando até que a Caixa mude esse sistema", afirma o analista contábil, Oswaldo José Gomes.

Para a economista, Amaryllis Romano, o programa tem que levar conta o novo valor do salário mínimo. "Obviamente pode ter sido uma questão de descompasso entre a regra do salário mínimo e a do programa Minha Casa, Minha Vida. Eu acho que deve-se esperar para ver se há alguma adequação".

Na noite de quinta-feira,  o Ministério das Cidades divulgou uma nota. Diz que está em análise os valores relativos à faixa de renda em virtude do aumento do salário mínimo, mas não diz quando isso deve ocorrer.

Fonte: Jornal da Globo - RJ

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