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Financiamentos imobiliários batem recorde em 2013

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

De acordo com Abecip, volume atingido foi de R$ 109,2 bilhões; alta de 32% sobre 2012

22 de janeiro de 2014 - Os financiamentos imobiliários no país com recursos das cadernetas de poupança atingiram R$ 109,2 bilhões em 2013 e estabeleceram um novo recorde histórico. Aspectos positivos da economia brasileira, como baixo desemprego e queda da inadimplência, fizeram a procura por crédito disparar. Em comparação com o ano anterior (R$ 82,8 bilhões), o aumento é de 32%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (21) pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

Entre janeiro e dezembro do ano passado, foram financiados 529,8 mil imóveis, alta de 17% ante os 453,2 mil de 2012. De acordo com Octavio de Lazari Junior, presidente da Abecip, aproximadamente 40% do crescimento do crédito em 2013 se deu por causa do aumento dos preços, sendo o restante pelo maior número de financiamentos.

Só em dezembro de 2013, o volume de empréstimos para aquisição e construção de imóveis somou R$ 10,4 bilhões, 2,3% acima do resultado de novembro e 17% acima do mesmo mês de 2012, diz Lazari Junior. No mês, foram financiadas aquisições e construções de 50,9 mil imóveis, alta de 7% em relação a novembro e de 19% sobre o mesmo mês de 2012.

“O crescimento do crédito imobiliário está destoando do crédito no país em 2013, que deve crescer em geral entre 15%”, avalia o presidente da Abecip. "O crédito imobiliário retomou o lugar que é seu por direito, ser a carteira de crédito mais importante para pessoa física no Brasil."

Menos desemprego e mais renda

Segundo Lazari Junior, a alta foi maior do que a prevista no começo do ano passado, que era de 15% a 20%. Entre os fatores que colaboraram para o bom resultado de 2013 estão o baixo desemprego, o crescimento da renda, a confiança do consumidor e a baixa inadimplência. “A inadimplência está absolutamente controlada, estamos falando num índice de 1,8% em 2013”, afirmou.

De acordo com a Abecip, o resultado de 2013 apresenta crescimento expressivo se comparado com o resultado de 2012, quando totalizou R$ 82,8 bilhões ante os R$ 79,9 bilhões de 2011, leve alta de apenas 3,6%.

A entidade mostra que a trajetória de recuperação do crédito imobiliário em 2013 tornou-se mais expressiva a partir do segundo trimestre do ano passado. Em fevereiro, por exemplo, foram financiadas 29,3 mil unidades financiadas, a menor quantidade mensal do ano.

Aquisição lidera alta

O que puxou a alta do crédito no ano passado foram os financiamentos para aquisição.

Dados da entidade mostram que em 2013 o mutuário continuou demandando o crédito, com alta de 41% na quantidade de financiamentos para aquisição de imóveis, totalizando R$ 76,9 bilhões dos R$ 109,2 bilhões desembolsados.

Os desembolsos para construção totalizaram R$ 32,3 bilhões, um crescimento de 15% sobre 2012.

Previsões para 2014

A entidade continua esperando alta do crédito neste ano. De acordo com o presidente, a estimativa é de crescimento ao redor de 15%, para R$ 126 bilhões, o que seria um novo recorde histórico.

Bolha imobiliária

Questionado sobre uma possível bolha imobiliária no país, Lazari Junior afirma não acreditar na possibilidade de acontecer. Na visão dele, a bolha só ocorreria em um cenário de crédito concedido sem critérios rígidos, o que não é o caso brasileiro.

“O brasileiro dá uma entrada muito significativa, de 30% a 35% do valor do imóvel”, disse, acrescentando que 95% dos financiamentos no Brasil em 2013, por exemplo, foram para comprar o imóvel para moradia, e não para investimento.

“E teve toda a preocupação dos agentes econômicos para que não tivesse um financiamento exacerbado”, afirmou.


Com relação aos preços, o presidente da entidade afirmou que, após fortes altas nos últimos anos, não deve ocorrer uma desvalorização nos preços daqui para a frente. “O que vai acontecer daqui para a frente é que os preços ficarão estáveis, a não ser em uma ou outra zona de instabilidade”, disse. “O que a gente percebe é que o valor financiado está coerente com a valorização que acontece na região."

Fonte: G1

 

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