Fundo imobiliário oscila menos que ações do setor
Muitos fundos ficaram com cotas estáveis
29 de agosto de 2011 - Os fundos imobiliários oscilaram bem menos do que as ações de companhias do setor da construção civil na Bolsa de Valores do Estado de São Paulo nesses dias de alta volatilidade e queda nos mercados financeiros.
Muitos fundos ficaram com cotas estáveis e alguns chegaram a ter valorização no pior dia da crise, apesar da queda de papéis das empresas no mercado à vista.
"O fundo imobiliário é mais resiliente, o que mostra que o investidor nessa aplicação é diferente. Ele quer diversificação e olha mais para o longo prazo", afirma Fábio Nogueira, diretor e sócio-fundador da Brazilian Finance Real Estate.
De acordo com Nogueira, a valorização do BC Fund I foi de 19% desde o início deste mês até ontem.
Os fundos imobiliários continuam a crescer. Em janeiro, havia 109. Em julho, eram 122. Pedro Junqueira, da Unqbar, empresa especializada em finanças, diz que o incremento nesse mercado se deve ao bom momento do setor imobiliário e ao fato de não se pagar imposto de renda sobre o rendimento.
Hoje, a CVM analisa mais sete pedidos para constituição de fundo. Em julho, dois foram aprovados (o Mercantil do Brasil e o BM Cenesp, também da Brazilian Finance Real Estate).
O vice-presidente do Banco Mercantil, André Brasil, diz que o fundo foi criado para transformar capital imobilizado em capital de giro.
Fonte: Folha de São Paulo