Governador de SP anuncia obras da eclusa Barragem da Penha
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Alckmin anunciou o acréscimo de 14 quilômetros ao trecho navegável do rio Tietê
21 de novembro de 2013 - O governador Geraldo Alckmin anunciou na última terça-feira (19) a construção da Eclusa da Barragem da Penha, em São Paulo. A obra acrescentará 14 quilômetros ao trecho navegável do rio Tietê na Região Metropolitana de São Paulo, totalizando 55 quilômetros, e será destinada ao transporte de cargas urbanas.
Está orçada em R$ 101 milhões com projeto do Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo, órgão vinculado à Secretaria Estadual de Logística e Transportes.
A Licença de Instalação para a implantação da Eclusa da Penha foi emitida em 30 de agosto pela Cetesb, responsável pelo licenciamento ambiental do empreendimento.
Vencedor da licitação pública, o consórcio Cetenco/Brasília Guaiba estará encarregado da obra. O prazo de execução é de 24 meses com entrega prevista para outubro de 2015.
O rio Tietê conta atualmente com 41 quilômetros navegáveis, com início na barragem Edgard de Souza (Santana de Parnaíba), passando pelas eclusas do Cebolão e da Penha com finalização na altura da ponte da Nitroquímica, no bairro de São Miguel Paulista.
Cargas urbanas
A eclusa terá como principal finalidade ampliar a navegação e aumentar o transporte hidroviário de cargas urbanas, inicialmente sedimento de dragagem do desassoreamento realizado pelo Daee, que hoje ultrapassa cerca de 1,5 milhão de toneladas/ano. Em um segundo momento, com o desassoreamento da via são cargas potenciais para a hidrovia metropolitana, lixo, lodo das estações de tratamento de esgoto e materiais de construção, entre outros. Com a implantação da eclusa o custo do transporte será mais barato e permitirá ao DAEE acelerar o desassoreamento do reservatório da Penha reabilitando a área como controladora de enchentes, o que corresponde a 65 piscinões do Pacaembu.
A construção da eclusa contribuirá para a redução do custo do transporte fluvial, o que resultará na diminuição dos valores dos fretes em contraponto aos rodoviários, e também contribuirá para a redução dos congestionamentos no sistema viário urbano e entorno das marginais.
Para o meio ambiente, os benefícios estão ligados diretamente a menor emissão de gases poluentes, especialmente o CO2, principal gás que causa o efeito estufa.