Governo de SP aprova a concessão de áreas turísticas
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Parques da Cantareira e do Horto Florestal vão receber investimento privado de R$ 45 milhões
O investimento privado será de R$ 45 milhões, voltados à revitalização de espaços, ecoturismo e educação ambiental (Foto: Lucianospagnolribeiro/Shutterstock)
21/01/2022 | 17:25 – O Governador João Dória assinou, na última quarta-feira (20), o contrato de concessão de dois parques públicos paulistas: o da Cantareira e o Alberto Lofgren — Horto Florestal, ambos na capital.
O investimento privado será de R$ 45 milhões, voltados à revitalização de espaços, ecoturismo e educação ambiental. A concessionária responsável pela zeladoria, manutenção e operação dos serviços é a Urbia Águas Claras, que permanecerá nesse posto pelos próximos 30 anos.
A empresa também se responsabilizará pelos serviços de limpeza, manejo e vigilância patrimonial, modernização das estruturas existentes e aumento da oferta de serviços, além de conservação e manutenção dos espaços.
Do total dos investimentos — de R$ 45,5 milhões —, foi estabelecido que, até 2028, deverão ser aplicados R$ 31 milhões. “Estamos dando continuidade ao programa de concessão de parques do Governo de São Paulo em uma iniciativa pioneira e com toda a perspectiva de continuarmos em uma trajetória de sucesso”, afirmou Doria.
“Nestas concessões, temos a observância de princípios de proteção ambiental e os valores de um governo que respeita as condições ambientais. E o setor privado tem condições de investir mais e melhor”, completou.
Ambos os parques fazem parte da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo, trecho integrante da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. Eles estão na Zona Norte de São Paulo, envolvendo até uma porção do município de Mairiporã.
Dentre os destaques dos espaços estão o mirante da Pedra Grande, que fica a mais de mil metros de altitude na Serra da Cantareira, e o Museu da Madeira, no Horto Florestal.
Marcos Penido, Secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente, também explicou que a “concessão estimula investimentos, consolida o ecoturismo, fortalece o patrimônio ambiental e melhora o serviço aos visitantes”. Antes da pandemia, juntos, os parques recebiam mais de 1,6 milhão de visitantes por ano. Com as inovações, o intuito é aumentar ainda mais esse número.
Vale salientar que a concessão é de, somente, uma porção do espaço — equivalente a 3,6%, restrita a locais de uso público.
São Paulo possui em torno de 4,6 milhões de hectares de áreas protegidas, e, com isso, o Estado emprega mais de R$ 150 milhões por ano em manutenção, conservação, infraestrutura, limpeza e vigilância.
Pensando nisso, desde 2019, o Governo de São Paulo tem realizado concessões de parques que são ministrados em parceria com a iniciativa privada. Desde o início da proposição, foram concedidos seis parques à iniciativa privada: Capivari e Horto Florestal (ambos em Campos do Jordão); Caminhos do Mar (Baixada Santista); Zoológico, Zoo Safari e Jardim Botânico (todos na capital).
Em três anos, o Estado registrou desoneração de R$ 10,7 bilhões com um pacote de concessões que incluem rodovias, aeroportos e parques. O edital de concessão dos parques Água Branca, Villa Lobos e Cândido Portinari, os três na capital, também está aberto.