Segundo o representante da Eletronuclear, parceiro precisará comprovar experiência internacional na construção de usinas nucleares e trazer novos financiamentos

Mais de 60% das obras de Angra 3 foram concluídas, o que custou cerca de R$ 10 bilhões. Para a finalização dos trabalhos, é necessário o investimento de R$ 15 bilhões por meio do setor privado (Créditos: divulgação/ Eletronuclear)

27/11/2019 | 17:11 - A Eletronuclear informou que o modelo de parceria com a iniciativa privada para viabilizar a retomada das obras da usina nuclear de Angra 3 deverá ser definido em dezembro. A informação foi dada pelo assessor da diretoria técnica da entidade, Roberto Travassos, durante palestra no 5º Seminário sobre Energia Nuclear: Aspectos Econômicos, Políticos e Ambientais, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Segundo Travassos, o parceiro precisará comprovar experiência internacional na construção de usinas nucleares e deverá ter acesso a recursos e trazer novos financiamentos.

Após participar do seminário Perspectivas e Desafios para a Infraestrutura Brasileira, promovido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) trabalha em conjunto com o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) para que nas próximas semanas o modelo de negócios para Angra 3 seja apresentado.

A Usina de Angra 3 será a terceira da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, situada na praia de Itaorna, em Angra dos Reis (RJ). Atualmente, mais de 60% do projeto foi construído, o que custou cerca de R$ 10 bilhões. Para a finalização dos trabalhos, é necessário o investimento de R$ 15 bilhões, montante que será viabilizado por meio do setor privado.

As obras devem ser retomadas em 2020 e concluídas em 2026. Quando iniciar suas operações, o projeto, que terá potência de 1.405 megawatts, irá gerar mais de 12 milhões de megawatts-hora por ano, abastecendo as cidades de Brasília e Belo Horizonte. O empreendimento viabilizará que a energia nuclear responda por 50% do consumo de todo o Estado.

(Com informações da Agência Brasil)

Governo definirá em dezembro modelo de parceria para usina de Angra 3