Greve da construção na África do Sul ameaça Copa de 2010
Sem prazo para terminar, paralisação pode comprometer entrega dos estádios
8 de julho de 2009 - Trabalhadores da construção civil na África do Sul iniciaram uma greve sem prazo nesta quarta-feira que vai paralisar o trabalho nos estádios para a Copa do Mundo de 2010.
O Sindicato Nacional de Mineradores (NUM, na sigla em inglês), que também representa os trabalhadores da construção, afirmou que cerca de 70.000 trabalhadores farão greve até que os empregadores ofereceram um aumento de 13 por cento nos salários. As empresas até agora se recusam a elevar o pagamento em mais de 10 por cento.
O maior sindicato da África do Sul acrescentou que seus filiados do setor de construção iriam protestar nos locais das obras dos estádios e de outros projetos grandes de infraestrutura fundamentais para o Mundial do ano que vem. O sindicato informou que a ação é indefinida.
"Nossa intenção é levá-la (a greve) para sempre, enquanto os empregadores não nos fornecerem o que queremos", disse o porta-voz do sindicato, Lesiba Seshoka.
"Nós acreditamos em nosso próprio poder, temos o poder de fazer as pessoas realizarem coisas que queremos que elas façam."
Autoridades disseram anteriormente que os 10 estádios para a Copa do Mundo, metade deles novos, serão entregues até dezembro, apesar de haver alguns relatórios afirmando que a arena Green Point, na Cidade do Cabo, pode demorar até o ano que vem.
Fonte: Estadao - Phumza Macanda e Alison Raymons