Greve de caminhoneiros derruba indicadores da construção em maio

Níveis de atividade, de ociosidade e de intenção de investimentos apurados pela Sondagem Indústria da Construção ficaram abaixo da média dos 50 pontos no mês

02/07/2018 | 09:20 – Os indicadores da Sondagem da Indústria da Construção apurados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) tiveram um recuo acentuado em maio devido à paralisação do transporte de cargas. Entre os índices que foram diretamente afetados estão o nível de atividade e de ociosidade das empresas.

O índice de Confiança do Empresário da Construção (ICEI-Construção) caiu mais de cinco pontos de maio (53,8) a junho (48,2) e está abaixo da linha satisfatória dos 50 pontos. No nível de atividade da indústria da construção o impacto foi ainda maior, com recuo de 2,5 pontos: de 46,9 em abril para 44,4 em maio.

Essa foi a maior retração registrada desde dezembro de 2014, quando o indicador caiu 3,6 pontos. A Utilização da Capacidade Operacional (UCO), por sua vez, registrou 57 pontos em maio, três pontos percentuais abaixo de abril. Isso significa que a indústria da construção operou com 43% das suas máquinas, equipamentos e trabalhadores ociosos naquele mês.

A queda do número de empregados foi a menor (0,3 pontos), o que fez com que o indicador fosse para 44,3 pontos. A CNI ressaltou que é possível que os reflexos da paralisação no setor de empregos ainda sejam sentidos nos próximos meses.

Investimentos

Os indicadores de novos empreendimentos e serviços e de compras de insumos e matérias-primas recuaram 4,5 pontos, em ambos os casos, atingindo 49,2 pontos e 48,8 pontos respectivamente.

Já o índice de intenção de investimento caiu 2,7 pontos na passagem de maio para junho, fechando o mês com 30,6 pontos, firmando a segunda queda consecutiva do índice. Na comparação com o mesmo mês de 2017, o indicador apresentou alta de 3,4 pontos.