Haddad cancela desapropriações para conter gastos
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Secretarias não poderão desapropriar áreas para obras futuras
09 de janeiro de 2014 - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse nesta quarta-feira que suspendeu as desapropriações de áreas particulares para conter gastos da administração municipal após o reajuste do IPTU ser cancelado pela Justiça.
O corte passará por todas as secretarias, atingindo pastas importantes como educação, saúde, habitação e transportes.
As secretarias não poderão desapropriar áreas para obras futuras. Segundo Haddad, creches, unidades habitacionais e hospitais não sairão do papel, pois a prefeitura não terá dinheiro para desapropriar terrenos particulares.
"Todas as secretarias que dependem de desapropriação serão afetadas [pelo corte nos gastos do orçamento]. Saúde, Habitação, Educação e Transportes dependem, então serão atingidas", disse o prefeito, que cumpriu hoje uma agenda na zona sul da cidade.
Segundo cálculos da prefeitura, a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que em dezembro barrou o aumento do IPTU, tirou do orçamento cerca de R$ 800 milhões.
"A prefeitura não tem dinheiro. A conta é simples. Sem o terreno para construir, não tem como usar dinheiro federal que viria para estas pastas", afirmou Haddad.
"Todo planejamento de investimento que estava sendo feito para a cidade ficou comprometido porque boa parte desses recursos seriam usados em desapropriações, e desapropriações só podem ser feitas com recursos próprios, não dá para pegar o dinheiro da União para desapropriar um terreno para o Minha Casa, Minha Vida, para creche e para construir um corredor de ônibus", disse.