Haddad pede adaptação do Minha Casa, Minha Vida para São Paulo
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Prefeito pediu a autorização do governo para a construção de prédios altos para habitações populares
11 de abril de 2014 - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), esteve nesta quinta-feira no Palácio do Planalto reunido com o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, um dia após avançar no Senado o projeto que trata do indexador de dívidas de Estados e municípios com a União.
Haddad é um dos principais defensores da proposta e, embora tenha assegurado ao Valor PRO não ter tratado do assunto com o ministro, fez menção em entrevista ao Programa de Ajuste Fiscal ao informar que pediu mais recursos federais para investimento da prefeitura em mobilidade urbana.
Segundo ele, o motivo do encontro foi debater investimentos federais no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no município. De acordo com Haddad, “para não perder o passo do ritmo das coisas”, o município pediu uma mudança de fonte, e o governo vai analisar a sugestão.
“Dos nossos 150 km de corredores, uma parte era Orçamento Geral da União, a outra parte era Programa de Ajuste Fiscal. Nós pedimos para incluir mais obras no OGU, mesmo que seja para o ano que vem. Para nós é mais importante garantir o OGU para os próximos anos do que tentar o Programa de Ajuste Fiscal agora, que exige uma série de providências para as quais nós não estaríamos preparados, até porque teria que ter votado já a lei da dívida e isso não foi feito”, disse.
Minha Casa
Na mesma reunião, Haddad pediu ao governo federal mudanças no programa Minha Casa, Minha Vida, a fim de adaptar as moradias ao perfil de São Paulo, e inclusão de mais obras de mobilidade urbana no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), para garantir a liberação dos recursos.
Haddad disse que pediu a Mercadante que o governo autorize a construção de prédios mais altos na capital, no âmbito do programa, para compensar a falta de terrenos para desapropriação, revertidos para a construção das habitações populares. Em contrapartida, a prefeitura se compromete a arcar com a manutenção dos elevadores pelos próximos cinco anos.
O prefeito salientou que apenas com a verticalização das obras será possível atingir a meta de 55 mil moradias contratadas na capital paulista até o fim do ano. "São Paulo tem pouca terra. Mas essa liberação (dos prédios altos) depende da autorização do governo", explicou.
Segundo Haddad, a prefeitura já contratou 16 mil moradias e pretende assinar 19 mil contratos até o fim do semestre. Ele ressaltou que a meta da prefeitura é assinar os contratos, sendo que a concretização da obra depende das empreiteiras.