Hospitais brigam por terrenos no Rio de Janeiro
Há projetos de alto padrão para a Zonal Sul, mas não existe onde construir
13 de abril de 2011 - A Zona Sul do Rio não é a menina dos olhos somente do setor de construção residencial. Investidores interessados em erguer hospitais privados estão em franca campanha para conseguir terrenos na região. O Comitê de Saúde da Câmara Americana de Comércio (Amcham-Rio) espera uma audiência com o governador Sérgio Cabral para discutir a questão. "Há uma carência de terrenos, e eles estão com governos federal, estadual e municipal. Quando são licitados, as construtoras pagam mais e levam para fazer prédios", diz Gilberto Ururahy, diretor do comitê. "Todos querem terrenos na Zona Sul. Se quiserem em outras áreas, na Barra, na Zona Norte, eu dou", rebate o prefeito Eduardo Paes, que quer ver mais consistência nos projetos.
Os projetos são de hospitais de alto padrão (para as classes mais altas), continua Ururahy, e os executivos se concentram na Zona Sul. A outra área de interesse dos investidores, diz, é a Zona Portuária, que será revitalizada e é mais central. "A Barra está sendo muito trabalhada, tem dois hospitais em construção. Na Zona Norte há leito a questão é a qualidade, precisam de reformulação".
Segundo levantamento da consultoria Deloitte, o Rio carece de 1.700 leitos na saúde privada. Um hospital de 200 leitos exige investimento de R$ 400 milhões em terreno de 12 mil m2 a 15 mil m2. Em prol da causa, Ururahy diz que a oferta de hospitais, assim como a de segurança, é importante para atrair grupos internacionais e suprir a demanda de pré-sal e eventos esportivos. Hoje, há muito deslocamento para São Paulo.
Fonte: O Globo