Imóveis residenciais valorizam 50% em 5 anos em Santos
Expectativas positivas se transformaram na valorização dos imóveis usados e novos que estão sendo construídos
26 de novembro de 2010 - A construção da nova sede da Petrobras e a ampliação e modernização do porto de Santos ainda estão no início, mas a cidade já vive as consequências desses investimentos. As expectativas positivas se transformaram na valorização dos imóveis usados e novos que estão sendo construídos para receber os moradores que virão para a cidade. Somente da Petrobras, serão seis mil funcionários a partir de 2012. Outros seis mil postos de trabalho são esperados nas empresas de tecnologia e serviços.
Segundo levantamento feito pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis da Regional São Paulo (Creci-SP), o metro quadrado de um apartamento padrão de dois dormitórios valorizou 50% nos últimos cinco anos. Porém, nos bairros nobres, como Gonzaga e Ponta da Praia, o acréscimo foi de 63,18%, chegando a R$ 5 mil o preço do metro quadrado, equivalente a bairros nobres paulistanos como Pinheiros e Moema.
Apesar do preço, as vendas estão em alta tanto de imóveis residenciais quanto de comerciais, uma carência na cidade. O empreendimento Prime Plaza, por exemplo, prédio de altíssimo padrão na Avenida Presidente Wilson, no Gonzaga, já vendeu 60% das 60 unidades, inclusive as duas cobertura triplex com 1.160 m², avaliadas em R$ 12,5 milhões cada. "Quando vim trabalhar aqui, achei que não fosse conseguir vender, me surpreendi", disse a corretora Desirré Peres Ferreira Dias, do grupo Mendes, um dos maiores investidores de Santos.
Apesar de estar em pleno crescimento, o mercado imobiliário tem suas limitações. A cidade não tem mais terreno disponível para novos empreendimentos e casas antigas começam a dar espaço a modernos edifícios. "Por ser uma ilha, Santos não tem mais para onde expandir", disse o empresário Domingos de Oliveira, diretor regional do Secovi de São Paulo.
A corretora Helenita Alves, da Real Consultoria Imobiliária, confirmou que muitos paulistanos também estão comprando imóveis de lazer, mas já pensando na aposentadoria.
Fonte: Diário de S. Paulo