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Importação de profissionais estrangeiros pode gerar catástrofe para a engenharia

Texto: Redação AECweb

Presidente da ISA - Distrito 4 avalia que para minimizar o impacto do apagão de mão de obra qualificada é imperativo investir em tecnologia no Brasil  

23 de abril de 2012 - A escassez de mão de obra qualificada para suprir a demanda no setor de automação industrial, sobretudo no mercado de óleo & gás, tornou-se um desafio para governos e empresas, que precisam, com urgência, encontrar perfis profissionais que se encaixem em diversos segmentos da indústria. De acordo com Jorge Ramos, presidente da ISA - Distrito 4, principal organização mundial do setor de Automação e que reúne cerca de 30 mil membros em mais de 50 países, é necessário que o país acelere e sedimente seu desenvolvimento tecnológico, garantindo que o know-how técnico permaneça no Brasil.

“O desenvolvimento brasileiro só terá sucesso aliando à sua gestão investimentos em tecnologia voltada à informação, mas também automação e qualificação de profissionais para atender a alta demanda”, ressalta Ramos.

A estagnação econômica pela qual o Brasil passou nas últimas décadas, causou, no caso da Engenharia, um “vácuo” profissional e agora, a recuperação da formação de mão de obra qualificada em um volume que atenda a atual demanda requer tempo superior ao cronograma dos projetos. Ramos acredita que apenas “importação” de técnicos estrangeiros para suprir a carência pode causar danos irreversíveis ao desenvolvimento do país, já que é necessário realizar investimentos focados em inovação e lapidar novos talentos brasileiros e, consequentemente, aumentar a produtividade industrial.

O presidente da ISA - Distrito 4 é enfático ao explicar que medidas como exigência por  conteúdo nacional, que determina que as empresas utilizem no processo produtivo insumos nacionais ao invés dos estrangeiros, devem ser utilizadas em prol do desenvolvimento e as empresas fornecedoras precisam atentar-se à importância da automação.

“A área de automação industrial ainda não foi convidada a discutir o conteúdo nacional, tema de grande relevância para a economia do Brasil. A exigência já foi adotada pela ANP no setor petrolífero e deve ser perseguida pelas outras cadeias, visando maior desenvolvimento e competitividade da indústria brasileira de bens e serviços”, conclui Ramos.

Fonte: EPR Comunicação Corporativa

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