INCC continua pressionado, avalia Concórdia Corretora
Índice teve alta de 0,66% no primeiro decêndio de julho
13 de julho de 2011 - O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) continua pressionado, mesmo com o recuo observado na primeira prévia do Índice de Preços Geral-Mercado (IGP-M). A afirmação é de Flávio Combat, economista da Concórdia Corretora. O INCC teve alta de 0,66% no primeiro decêndio de julho, após elevação de 2,97% no mesmo período do mês anterior.
"Apesar de ter um peso pequeno dentro do IGP-M, é importante olhar para esse indicador como uma tendência de que o mercado de trabalho continua pressionando", diz Combat. Pare ele, no curto e médio prazo não haverá descompressão do INCC, já que o mercado da construção civil é um dos mais aquecidos. "O INCC é uma janela para espreitar qual a influência do mercado de trabalho sobre a inflação e nas decisões de política monetária", avalia o economista.
Segundo Combat, a atual leitura do IGP-M, que desacelerou de deflação de 0,09% para queda de 0,21%, ratifica a expectativa da Concórdia de aceleração de todos os índices de inflação já a partir de julho. "Como essa prévia já veio pressionada, isso deve se acentuar", projeta.
Apesar da retração no índice geral, Combat destaca que os estágios do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) mostram acomodação dos movimentos de queda, e que é possível que o IPA registre taxas positivas já no fim do mês.
O IPA teve deflação de 0,36% na primeira prévia de junho, menos acentuada do que a queda de 0,53% no mesmo período de maio. O analista também espera alta no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), devido ao fim da influência negativa dos combustíveis no item transportes.
Fonte: O Globo