Índice da construção bate nos 8% no Pará
Estado fechou novembro com alta de 0,69%
10 de dezembro de 2010 - O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) no Pará fechou novembro com alta de 0,69%, um avanço de 0,18% ante outubro (0,51%), segundo dados divulgados ontem pelo IBGE. Com este resultado, o Sinapi paraense bateu a casa dos 7,96% no acumulado do ano, e 8,16% nos últimos 12 meses - ambos superiores a média nacional que foi de 7,08% e 7,65% respectivamente. O custo médio da construção no Estado, em novembro, foi de R$ 753,89 - a segunda menor da região Norte. O custo básico da construção civil de Roraima (R$ 843,59) é o mais caro do País. Já no caso das regiões, o Sudeste (R$ 809,74) apresenta o maior valor, seguido de Norte (R$ 776,99); Sul (R$ 745,60); Centro-Oeste (R$ 745,26) e Nordeste (R$ 719).
Segundo avalia o presidente do Sindicato do Comércio de Lojas de Materiais de Construção (Sindimaco), Sebastião Campos, a construção civil no Pará já foi mais cara. O custo foi reduzido em função da mão de obra que foi barateada. Os demais estados sofrem com o alto preço da mão de obra, que no Pará continua inferior aos outros cantos do País, adverte. Campos ressalta que, na contramão do super aquecimento das obras, a venda de materiais de construção está cada vez menor. Nós não acompanhamos a evolução dos canteiros de obras. Eles seguem no ritmo bem mais acelerado que os comércios de materiais, garante.
A prova disso, segundo assegura Campos, está nos índices. De acordo com dados nacionais, de novembro de 2009 a novembro de 2010, crescemos 7,8%. No Pará, este crescimento é um pouco menor, ficando entre 6% e 8% em novembro. Já a construção civil, passa de 11% - e por isso podemos dizer que não acompanhamos os canteiros, argumenta. Outro ponto abordado pelo presidente do Sindimaco é o fato de as construtoras comparem os itens da obra direto da fábrica. Em relação ao custo benefício, é melhor para a construtora comprar direto da fábrica, pois eles ganham um crédito de ICMS similar ao concedido aos revendedores, acusa.
Ainda que as dificuldades sejam inúmeras, Campos prevê um cenário otimista. O déficit habitacional no Pará é muito destacado, e por isso os imóveis estão sendo construídos, sobretudo os pequenos, praticamente já comercializados, diz. Ele ressalta que a oferta de imóveis não atende a demanda, principalmente com facilidade de liberação do financiamento. A oferta de crédito tem sido muito grande, e tem liberado valores razoáveis. Seria interessante para nós que, as pessoas que decidem construir ou reformar suas casas, tivesses a mesma facilidade de financiamento, sugere, lembrando que o IPI dos materiais de construção foi desonerado em 15%, desde o ano passado.
Fonte: O Liberal - PA