Índice de Confiança da Construção chega ao maior nível desde 2014
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Conforme apuração da FGV, o Índice de Confiança da Construção (ICST) apresentou variação de +3,3 pontos em julho, subindo para 95,7 pontos

Alta registrada em junho foi influenciada pela melhora das expectativas dos empresários para os próximos meses (Créditos: Bannafarsai_Stock/ Shutterstock)
29/07/2021 | 17:11 - Conforme apuração da Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice de Confiança da Construção (ICST) apresentou variação de +3,3 pontos em julho, subindo para 95,7 pontos, o maior nível desde março de 2014 (96,3 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice aumentou 3,6 pontos, a segunda alta consecutiva.
A pontuação do índice vai de 0 a 200, sendo que a partir de 100 denota otimismo. A pesquisa coletou informações de 602 empresas entre os dias 02 e 23 de julho.
Segundo a economista Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção da FGV/Ibre, “se no segundo semestre de 2020, a alta dos custos contribuiu para derrubar a confiança, em 2021, esse efeito foi atenuado. Não porque tenha ocorrido queda ou redução no ritmo dos aumentos – o quesito custo da matéria-prima assumiu pelo segundo mês a primeira posição entre os fatores limitativos à melhoria dos negócios. Ocorre que o percentual de assinalações que apontam o aumento dos preços praticados pelas empresas também alcançou um recorde histórico, sugerindo que, apesar dos desarranjos que os aumentos dos custos têm causado, as empresas esperam que esses aumentos sejam absorvidos em grande parte pela demanda final”.
O levantamento apurou também que a alta registrada em julho foi influenciada pela melhora das expectativas dos empresários para os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA-CST), que apura a confiança do empresário da construção no momento presente, se manteve estável caindo 0,1 ponto, chegando a 89,4 pontos. Esse resultado se deve à piora do indicador de situação atual dos negócios, que caiu 4,3 pontos, para 88,3 pontos.
Já o Índice de Expectativas (IE-CST) – cálculo da confiança do empresário da construção para os próximos meses – subiu 6,8 pontos, alcançando 102,2 pontos. Os indicadores de demanda prevista e tendência dos negócios subiram 6,4 e 7,2 pontos, para 102,3 pontos e 102,0 pontos, respectivamente.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) da Construção, por sua vez, caiu 3,7 pontos percentuais (p.p.), para 73,7%. O NUCI de Mão de Obra e o NUCI de Máquinas e Equipamentos tiveram variações idênticas ao cair 3,7 p.p, para 75,2% e 66,6%.