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Índice Nacional da Construção Civil encerra 2022 com alta de 10,9%

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

A taxa é a segunda maior desde 2014, atrás apenas de 2021 — quando o percentual foi 18,65%

Prédios em construção
Em dezembro, o Sinapi teve variação de 0,08% (Foto: Pavel L Photo and Video/Shutterstock)

10/01/2023 | 17:15  — O IBGE divulgou nesta terça-feira (10) a atualização do Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi). Os dados mostram que o indicador fechou 2022 com alta de 10,9% — segunda maior taxa desde 2014 (atrás apenas de 2021, quando o percentual foi 18,65%). “Mesmo com as quedas recorrentes desde julho, no acumulado no ano ainda temos a influência das elevações registradas no momento atípico de pandemia”, explica Augusto Oliveira, gerente do Sinapi.

Em dezembro, o Sinapi teve variação de 0,08% e ficou 0,07 ponto percentual abaixo do número observado em novembro, mantendo assim sua trajetória de desaceleração. Por outro lado, o custo nacional para o setor habitacional cresceu para R$ 1.679,25 no último mês de 2022. De acordo com o IBGE, desse total, R$ 1.001,20 são referentes aos materiais e os outros R$ 678,05 correspondem à mão de obra. Em novembro, o valor estava em R$ 1.677,96.

A parcela equivalente aos materiais aumentou 0,07% em dezembro frente ao mês de novembro. Já a da mão de obra variou 0,08% no mesmo período. No acumulado de 2022, os materiais ficaram 10,02% mais caros e a mão de obra, 12,18%.

“No ano passado, os acordos coletivos passaram a repor os salários das categorias profissionais do mercado da construção civil, que tiveram poucos ganhos nos anos mais críticos da pandemia. Além disso, o aumento da inflação, base para a reposição dos salários nos dissídios, influenciou os valores acordados”, diz Oliveira, lembrando que no final de 2022 as variações nas taxas dos materiais foram próximas àquelas observadas antes da pandemia.

Variações por região

O levantamento do IBGE mostra que a maior variação do Sinapi em dezembro aconteceu na região Norte do país (0,67%). Na sequência, aparecem o Sul (0,32%) e o Centro-Oeste (0,21%). Já no Sudeste e no Nordeste, o índice apresentou recuo de -0,09% e -0,04%, respectivamente.

O estudo apresenta, ainda, os custos para o setor habitacional por região:

• Sul: R$ 1.761,89
• Sudeste: R$ 1.735,03
• Centro-Oeste: R$ 1.722,72
• Norte: R$ 1.697,69
• Nordeste: R$ 1.560,52

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