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Indústria de automação quer ganhar morador pela economia

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Eficiência energética deve atrair pessoas que veem a automação como um luxo ou conforto

01 de outubro de 2013 - A indústria de sistemas de automação aposta no apelo de soluções sustentáveis para conquistar clientes.

Mais que um recurso high-tech de fazer inveja aos amigos, o segmento vê a gestão de energia como motivo concreto para o desenvolvimento de "casas inteligentes".

Para o diretor-executivo da Aureside (Associação Brasileira de Automação Residencial), José Roberto Muratoni, a eficiência energética deve atrair um público que, até então, via a automação como um luxo ou um conforto.

"Esses novos consumidores vão perceber que o preço do condomínio vai cair se ele adotar a automação", diz.

A Aureside calcula que 300 mil imóveis no Brasil usem algum tipo de sistema e projeta o mercado potencial em 1,5 milhão de casas.

As maiores barreiras para o crescimento, segundo a entidade, são a falta de conhecimento da população (e até mesmo de profissionais da construção civil) e de pessoal capacitado para instalar os sistemas --os integradores.

"É um mercado novo. Estamos crescendo em torno de 30% ao ano", diz Muratoni.

Custo

O professor da Escola Politécnica da USP, Marcelo Knörich Zuffo, diz que o retorno do investimento em um sistema de automação pode demorar.

Ele calcula a economia de energia de 20% a 30% com o recuso e estima que, pelo custo, sejam necessários sete anos, em média, para que ele se pague.

O novo modelo de cobrança de energia elétrica, a ser adotado a partir de 2014, deve funcionar como um incentivo para adoção de sistemas de automação em casa. A "tarifa branca" prevê descontos para quem economizar luz nos horários de pico.

"Com a automação, você consegue programar para não ligar certos eletrodomésticos no período em que se consome mais", explica o gerente de produtos da Schneider Electric, Rogério Ribeiro, que apresentou um medidor de energia inteligente durante a Expo Predialtec, que ocorreu em São Paulo na primeira quinzena do mês.

Ribeiro tem a avaliação de que o brasileiro ainda está mais focado em conforto e entretenimento do que em gestão de energia.

Outra novidade na Expo Predialtec foi a biometria facial. O sistema de reconhecimento não exige contato, como o digital. A Engetax criou um elevador que reconhece o morador pela face. Uma vantagem, segundo o fabricante, é facilitar o manuseio por cadeirantes.

Fonte: Folha de São Paulo

 

 

 

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