Indústria de materiais de construção crescerá acima do PIB em 2012
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
No ano passado, o indicador foi, em média, de 76%
03 de setembro de 2012 - A indústria de materiais de construção mantém a estimativa de crescer 1,4 ponto percentual acima do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, em 2012, com expansão de 3,4%, apesar de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) terem apontado queda de 0,7% na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) no segundo trimestre ante o primeiro trimestre.
Conforme o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), Walter Cover, a queda das vendas dos fabricantes do setor, puxada pela retração do varejo de materiais, afetou o humor dos empresários e a intenção de investimento, mas a expectativa é de melhora.
De acordo com o Termômetro Abramat de agosto, a indústria de materiais de construção reduziu a expectativa em relação às pretensões de investimento nos próximos 12 meses, para 67%. No ano passado, o indicador foi, em média, de 76%, segundo Cover. Diante da piora das perspectivas, a entidade solicitou ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, que antecipasse o anúncio da prorrogação do período com alíquotas reduzidas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de materiais de construção, pleito atendido nesta semana.
A prorrogação do prazo estimula a tomada de decisão de compra de materiais por parte de quem pretende fazer reformas mais longas, estimulando as compras no varejo e, consequentemente, as vendas da indústria, de acordo com Cover. O varejo responde por metade do faturamento dos fabricantes de materiais, enquanto o mercado imobiliário é responsável pela fatia de 25%, assim como o segmento de infraestrutura.
Além da prorrogação das alíquotas reduzidas de IPI, o real mais desvalorizado e a perspectiva de aceleração das obras para a Copa levaram a Abramat a manter a projeção de crescimento para o setor. A desaceleração do ritmo de lançamentos imobiliários só deve ser sentida a partir do segundo semestre de 2013, devido ao ciclo longo da construção.
Fonte: Valor Econômico