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Indústria de material de construção aumenta ritmo

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Obra pública puxa setor

30 de janeiro de 2013 - Em meio ao anúncio de importantes ciclos de obras para o País, a indústria de material de construção se prepara para atender à demanda. É o caso da Placo, empresa do grupo Saint-Gobain, que investiu R$ 125 milhões para dobrar a sua capacidade de produção de placas de gesso (drywall). O otimismo da companhia francesa é uma confirmação das expectativas do setor, que projeta para os segmentos de infraestrutura (basicamente o de obras públicas) e imobiliário (empreendimentos residenciais, hotéis, shoppings centers e estabelecimentos comerciais) índices de crescimento maiores que os registrados em 2012.

"No ano passado, tivemos uma redução do ritmo de obras de infraestrutura e do mercado imobiliário, segmentos que sofrem diretamente com o ambiente econômico. Porém, o cenário melhorou e projetamos um 2013 mais favorável para o setor", afirmou ao DCI o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), Walter Cover. Após registrar um crescimento de 1,4% em 2012, Cover afirma que o setor deve crescer 4,5% neste ano, com o que Cover chama de "surpresa" no segmento de infraestrutura. "A partir do mês que vem, grandes leilões para concessões em diversas áreas devem impulsionar o mercado de material de construção. Os resultados começarão a aparecer, de fato, a partir do segundo semestre, quando as obras devem iniciar", ressalta o presidente da Abramat.

Segundo Cover, o varejo - responsável por metade das vendas da indústria de material de construção - deve continuar com um crescimento expressivo em 2013, podendo chegar a 8%. Já o segmento imobiliário deve crescer até 4%, enquanto que o nicho de infraestrutura deve ter uma alta de 5%. "Considerando que no ano passado houve uma queda de quase 10% das vendas, nossa projeção para essa área é considerada atípica", diz Cover.

De acordo com dados da Abramat, nos últimos seis meses o nível de utilização da capacidade instalada se manteve entre 80% e 83%. "Estamos preparados para atender a um possível aumento da demanda", diz Cover. Apoiada nessa possibilidade de alta dos pedidos, a Saint-Gobain irá construir uma nova planta de drywall em Feira de Santana (BA).

"Estamos com a capacidade de drywall lotada, atualmente. A construção a seco é a resposta para a produtividade que o Brasil precisa", afirma o diretor-geral da Placo do Brasil, Stênio Almeida. De acordo com o executivo, a companhia será a única entre os quatro players que atuam no País a ter duas fábricas do produto.

Almeida explica que, a partir do 2º trimestre de 2014, a Placo já começará a operar sua nova planta com 50% da capacidade total. E a escolha do local não foi à toa. "Optamos pela Bahia para atender ao mercado do nordeste, que está em franca expansão", diz. A outra unidade de drywall da Saint-Gobain fica em Mogi das Cruzes (SP) e, juntas, as duas somam uma capacidade instalada de 40 milhões de m².

Almeida acredita que não só os empreendimentos comerciais, como hotéis e shoppings centers, possam consumir o drywall, o que justifica o alto investimento. "A construção a seco representa até 30% de rejeitos a menos no canteiro de obras em relação à tradicional. A produtividade é bem maior, por isso acredito que as classes Ce D também possam usufruir desses benefícios", diz o executivo. Apesar de uma parede de drywall levar cerca de um dia para ser levantada, atualmente esse tipo de material ainda sofre resistência, no Brasil, por ser um mais caro.

Fonte: DCI

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